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Hamas envia delegação ao Cairo em meio à crise do cessar-fogo

Benjamin Netanyahu, advertiu ontem que Exército israelense retomaria sua ofensiva no sábado se o Hamas não libertasse reféns

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 11h40.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2025 às 11h44.

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Uma delegação do grupo islâmico Hamas chegou ao Cairo nesta quarta-feira, 12, para discutir o cessar-fogo na Faixa de Gaza com os mediadores, em meio a uma crise sobre o acordo de trégua depois que Israel ameaçou retomar os combates se seus reféns não forem libertados no sábado.

A delegação, liderada pelo membro do gabinete político do Hamas, Khalil al-Haiya, discutirá com autoridades egípcias "a implementação do acordo de cessar-fogo e a libertação de prisioneiros por meio de comitês técnicos e os mediadores", disse o grupo em um breve comunicado.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu ontem que o Exército retomaria sua ofensiva no sábado se o Hamas não libertasse os reféns no enclave, sem especificar quantos.

O grupo islâmico havia anunciado anteriormente que estava suspendendo até novo aviso a sexta troca de trégua, marcada para este sábado, devido às repetidas "violações" do acordo por parte de Israel, incluindo impedimentos à entrada de ajuda humanitária e o fato de o Exército continuar matando moradores da Faixa.

A primeira fase do acordo, que entrou em vigor em 19 de janeiro, já levou à libertação de 16 reféns israelenses, cinco tailandeses sequestrados e mais de 500 prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses.

Após o anúncio do Hamas de que interromperia sua sexta libertação de reféns, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em Washington que, se o grupo não libertasse todos os reféns até a tarde de sábado, isso permitiria que Israel "desencadeasse o inferno" em Gaza.

Suas declarações foram bem recebidas pela extrema-direita israelense, que imediatamente pediu a Netanyahu para retomar a guerra contra o Hamas no enclave, enquanto as famílias dos reféns fizeram um apelo ao governo que fizesse todo o possível para manter o cessar-fogo.

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