Menino com bandeira da Palestina: forças de segurança da ANP detiveram de janeiro a março 357 ativistas, segundo documento (AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 17h56.
Jerusalém - O movimento islamita Hamas denunciou nesta quinta-feira em um relatório oficial que a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa a Cisjordânia, praticou centenas de detenções políticas no primeiro trimestre do ano.
O documento, divulgado pela agência "Ma"an", assegura que as forças de segurança da ANP detiveram de janeiro a março 357 ativistas de formações islamitas ou que se opõem ao movimento Fatah do presidente Mahmoud Abbas.
Dos detidos, 91 militam no Hamas e na Jihad Islâmica, 194 pertencem a outras formações, 42 eram estudantes e 30 eram presos que haviam sido libertados em gestos de boa vontade no passado para conseguir a reconciliação entre os dois governos palestinos.
A ruptura entre ambos os movimentos palestinos aconteceu em 2007, quando milicianos do Hamas tomaram o controle de Gaza pela força das armas e expulsaram as do presidente Abbas.
Desde então, ambas as partes tentaram se reconciliar em várias ocasiões, até agora sem sucesso.
O Hamas também denuncia que a onda de detenções por parte da ANP se intensificou em março, quando foram detidos pelo menos 231 do total de 357 e suas forças de segurança inspecionaram 42 casas, de um total de 60 em todo o período de três meses.
Da mesma forma, o grupo insiste em que muitos dos detidos foram torturados, uma denúncia que já fez em 2013 a Anistia Internacional, em seu caso contra os dois governos.