Rami Hamdallah: o primeiro-ministro sofreu uma tentativa de assassinato (Mohammed Salem/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de março de 2018 às 09h41.
Gaza - O movimento islamita Hamas condenou nesta terça-feira o ataque com bomba ao comboio que levava o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Rami Hamdallah, na Faixa de Gaza, e afirmou que isto ameaça o processo de reconciliação entre as facções palestinas.
"O Hamas condena o crime contra o primeiro-ministro Rami Hamdallah e o considera parte de uma tentativa que pretende desestabilizar a segurança em Gaza e frustrar os esforços para alcançar a união nacional", expressou o grupo islamita em uma declaração oficial através do Twitter.
O grupo também condenou "as acusações da Presidência da ANP por responsabilizá-lo por este crime".
O porta-voz da organização palestina, Fawzi Barhoum, pediu também em comunicado que os corpos de segurança e do Ministério de Interior "abram uma investigação urgente e imediata para saber todas as circunstâncias do crime, apontar responsáveis e levá-los perante a justiça ".
Pouco depois do incidente violento, que não deixou feridos, mas danificou três veículos do comboio, o Hamas deteve vários suspeitos, informou a agência de notícias palestinas "Maan".
Hamdallah e seu entorno já saíram de Gaza e se dirigem de volta a Ramala, em Cisjordânia.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, que realizava numa visita oficial à Jordânia, cancelou o programa para voltar imediatamente a Ramala, declarou o porta-voz do Comitê Central do Fatah à emissora Voz da Palestina.
Abbas se reunirá com diferentes dirigentes para decidir as medidas a tomar após o ataque.