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Hamas anuncia possível troca de presos com Israel em breve

Mushir Al-Masri, alto dirigente do Hamas, confirmou que está sendo preparada uma troca de prisioneiros


	Soldado israelense observa entrada de túnel criado pelo Hamas entre Gaza e Israel
 (DAVID BUIMOVITCH/AFP)

Soldado israelense observa entrada de túnel criado pelo Hamas entre Gaza e Israel (DAVID BUIMOVITCH/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 17h55.

Gaza - As brigadas Azedim al-Qassam braço armado do Hamas, garantiram nesta sexta-feira que "em breve" acontecerá uma troca de prisioneiros com o atual governo de Israel.

Mushir Al-Masri, alto dirigente do Hamas, confirmou que está sendo preparada uma troca de prisioneiros, o que definiu como "uma nova vitória".

"A resistência palestina tem o direito de manter os detalhes em segredo, mas posso prometer ao povo que só fazemos intercâmbios honoráveis, e que temos capacidade para fazê-los", afirmou Masri em comunicado.

Ele não informou mais detalhes da operação, mas deu a entender que a troca não será negociada através do diálogo indireto que acontece no Egito para consolidar e garantir o cessar-fogo alcançado no final de agosto após 50 dias de ofensiva.

"A discussão sobre a troca de presos esta totalmente desligada da consolidação do cessar-fogo e da suspensão do bloqueio" econômico e do assédio militar que Israel submete Gaza desde 2007.

Hoje, em grandes cartazes colocados em diferentes partes de Gaza, as Brigadas Azedim al-Qassam mostravam a imagem do soldado israelense Shaul Oran, que Israel deu por morto 12 dias depois do início da ofensiva militar em Gaza, que durou de 8 de julho a 26 de agosto.

Junto da imagem do soldado, era possível ler a frase "uma troca de presos está muito próxima".

O Hamas nunca confirmou se o soldado esta vivo ou se tem somente os restos mortais em seu poder, como Israel crê, por só ter sido informado seu número de identificação.

Os cartazes incluem vários sinais de interrogação, interpretados como o nome do segundo soldado que o grupo radical diz ter em seu poder.

Israel admitiu durante a ofensiva o desaparecimento em combate de um segundo soldado, que dias depois também foi dado como morto.

Hoje, dia do início do jejum sagrado judeu de Yom Kippur, nenhum responsável israelense estava disponível para negar ou confirmar esta declaração.

Caso a notícia se confirmasse, seria a segunda troca de prisioneiros em três anos.

No primeiro, Israel pôs em liberdade mais de mil de presos em troca da libertação do soldado Gilad Shalit, que permaneceu sequestrado em Gaza por cinco anos.

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