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Hamas acusa Israel de violar acordo devido à ajuda "insignificante" que entra em Gaza

O acordo de cessar-fogo, selado em Doha, está em vigor desde 19 de janeiro

O Hamas reclama que equipamentos básicos não estão chegando à Faixa de Gaza (Omar AL-QATTAA/AFP)

O Hamas reclama que equipamentos básicos não estão chegando à Faixa de Gaza (Omar AL-QATTAA/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 2 de fevereiro de 2025 às 16h42.

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O grupo islâmico Hamas acusou Israel neste domingo de violar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza devido à "insignificante" quantidade de ajuda humanitária, medicamentos e combustível que está entrando no enclave, especialmente no norte.

"A ocupação não permitiu nenhuma restauração ou entrada de suprimentos médicos necessários, e a entrada de combustível continua muito abaixo do estipulado no acordo, enquanto o que entrou no norte é insignificante", denunciou o Hamas em um comunicado.

"Exigimos que os mediadores e garantidores do acordo de cessar-fogo obriguem a ocupação a ingressar urgentemente os materiais humanitários estipulados no acordo, especialmente tendas de campanha, combustível, suprimentos alimentares e maquinário pesado, e a cessar todas as outras violações", acrescentou o grupo islâmico.

O acordo de cessar-fogo, selado em Doha e em vigor desde 19 de janeiro, exige que pelo menos 600 caminhões de ajuda entrem em Gaza todos os dias durante as primeiras seis semanas, incluindo 50 com combustível. Metade desses caminhões deve ir para o norte do enclave, onde especialistas alertaram que a fome é iminente.

Pelo menos na primeira semana, esse número foi superado em mais de 4.200 caminhões, de acordo com as Nações Unidas, que alertaram que a ajuda enfrenta enormes desafios logísticos para ser distribuída em meio a toneladas de escombros e munições não detonadas.

O grupo palestino também observou que, sem maquinário pesado, as equipes de Defesa Civil de Gaza não conseguirão recuperar os corpos soterrados, entre os quais, segundo o Hamas, podem estar os de alguns reféns

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