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Haiti recebe primeiros envios de ajuda alimentar

"É muito importante chegar às comunidades mais vulneráveis e entregar-lhes assistência alimentar", disse porta-voz do Programa Mundial de Alimentos, da ONU


	Ajuda alimentar no Haiti: quatro caminhões chegaram a lugares muito afetados
 (Jeanty Junior/)

Ajuda alimentar no Haiti: quatro caminhões chegaram a lugares muito afetados (Jeanty Junior/)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 09h47.

As primeiras doações de alimentos chegaram nesta quarta-feira à costa sudoeste do Haiti, arrasada pelo furacão Matthew, embora estejam longe de satisfazer inteiramente as necessidades de milhares de pessoas.

Dois caminhões do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), carregados com arroz, e outros dois de organizações privadas chegaram a dois locais muito afetados: Port Salut e Roche a Bateau.

"É muito importante chegar às comunidades mais vulneráveis e entregar-lhes assistência alimentar", disse por telefone à um porta-voz do PMA, Alexis Masciarelli.

"Essas pessoas perderam suas casas e seus meios de vida; às vezes não têm mais nada para comer além de cocos e mamões das árvores caídas", acrescentou.

Em Port Salut, algumas das pessoas entre a multidão que esperava receber alimentos, sob sol forte, confirmaram que desde a passagem do furacão Matthew, em 4 de outubro, sua magra dieta consistia em frutas.

"Precisamos comer, e também de água e chapas para nossos tetos", disse Gedeon Rigab, de 18 anos. "Há cinco dias que não como outra coisa além de cocos", contou Djymi Forestal, de 25 anos.

As freiras de Saint Dominique's College, em Port Salut, supervisionaram as descargas dos caminhões do PMA. Estavam esperando a chegada de quatro caminhões.

O conteúdo dos sacos de arroz, que deve alimentar uma família de quatro membros durante um mês, foi distribuído em bolsas menores, que devem durar apenas três dias. Essa, entretanto, foi a única maneira de atender a todos.

"Não temos o suficiente para todo mundo, de modo que temos que dividir para dar a mais pessoas", explicou a freira Marie-Nadia Noel, encarregada da distribuição.

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