Uma base de dados central de funcionários do governo dos EUA foi alvo do ataque de hackers (Thinkstock/BellPhotography423/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2015 às 21h14.
Washington - Hackers ligados à China aparentemente conseguiram acesso a informações sensíveis submetidas por pessoal da inteligência e militar dos Estados Unidos para avaliação de segurança, afirmaram vários funcionários norte-americanos nesta sexta-feira.
As fontes descreveram o caso como um segundo ataque cibernético contra registros federais, com grande potencial de gerar estragos.
Os formulários que segundo as autoridades foram acessados exigem que os candidatos preencham informações muito pessoais, sobre doenças mentais, uso de álcool e drogas, detenções e falências anteriores.
Também exigem uma lista de contatos e de parentes, potencialmente expondo qualquer parente estrangeiro de funcionários da inteligência dos EUA a risco. As fontes pediram anonimato.
Os registros para avaliação da segurança fornecem "uma visão bem completa de uma pessoa", disse Evan Lesser, diretor-gerente do site ClearanceJobs.com.
"Não é necessário ter esses registros para chantagear ou explorar alguém, mas certamente isso torna o trabalho mais fácil."
O Escritório de Gerenciamento de Pessoal, uma base de dados central de pessoal do funcionalismo norte-americano, foi o alvo do ataque de hackers.
O órgão não notificou oficialmente militares nem pessoal de inteligência, mas notícias sobre esse segundo ataque começou a circular tanto no Pentágono como na CIA.
As fontes disseram acreditar que o ataque contra a base de dados para liberação da segurança foi um ato separado do ataque contra dados do pessoal do funcionalismo federal anunciado na semana passada.
Segundo funcionários, potencialmente quase todos os milhões nos EUA que passam pelo processo de checagem por questões de segurança, incluindo integrantes da CIA, da Agência Nacional de Segurança e pessoal militar de operações especiais, estão potencialmente expostos ao ataque dos hackers.