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Guterres pede ao Hamas que prossiga com troca de reféns e evite mais hostilidades

Grupo palestino ameaçou adiar a troca de reféns, após denunciar que Israel não cumpriu os prazos e exigências pactuadas no acordo de cessar-fogo

António Guterres, secretário-geral da ONU (Alexander Zemlianichenko/AFP)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 11h54.

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta terça-feira ao grupo islâmico palestino Hamas que continue a libertação de reféns programada para sábado — que o grupo ameaçou interromper — e pediu que evite a retomada das "hostilidades" na Faixa de Gaza.

"Faço um apelo ao Hamas para que prossiga com a libertação dos reféns programada para o próximo sábado", disse Guterres em uma breve declaração de Paris, onde participa de uma cúpula sobre inteligência artificial.

O grupo palestino ameaçou adiar a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos marcada para o dia 15 após denunciar que Israel não cumpriu os prazos nem as exigências pactuadas no acordo de cessar-fogo.

"Devemos evitar a todo custo a retomada das hostilidades em Gaza, o que levaria a uma imensa tragédia", declarou Guterres antes de pedir a "ambas as partes" que honrem os compromissos assumidos no acordo de cessar-fogo e retomem as negociações em Doha (Catar) para iniciar a segunda fase do pacto.

O Hamas justificou sua ação dizendo que o governo israelense havia atrasado o retorno de pessoas deslocadas ao norte de Gaza em cinco dias e que continuou a atacar os moradores da Faixa.

Além disso, denunciou que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não estava permitindo a entrada de "suprimentos essenciais" em Gaza, como tendas, casas pré-fabricadas, combustível e equipamentos necessários para a remoção de escombros e recuperação de corpos, entre outros.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu à posição do Hamas dizendo que, se o grupo não prosseguir com a troca de reféns antes de sábado, "o inferno vai se abrir" sobre a organização islâmica na Faixa de Gaza.

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