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Guterres é nomeado oficialmente como secretário-geral da ONU

O português, que durante dez anos esteve à frente do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, assumirá seu novo cargo em 1º de janeiro de 2017


	António Guterres: por aclamação, os 193 Estados-membros aprovaram a recomendação feita pelo Conselho de Segurança
 (Denis Balibouse / Reuters)

António Guterres: por aclamação, os 193 Estados-membros aprovaram a recomendação feita pelo Conselho de Segurança (Denis Balibouse / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 13h34.

A Assembleia Geral das Nações Unidas nomeou nesta quinta-feira oficialmente o ex-primeiro-ministro português António Guterres como seu novo secretário-geral.

Por aclamação, os 193 Estados-membros aprovaram a recomendação feita pelo Conselho de Segurança, que no último dia 6 propôs Guterres como sucessor de Ban Ki-moon.

O português, que durante dez anos esteve à frente do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), assumirá seu novo cargo em 1º de janeiro de 2017.

Guterres será o nono secretário-geral da ONU e tem um mandato inicial de cinco anos, que vence em 31 de dezembro de 2021. Hoje, o próprio Ban se encarregou de lhe dar as boas-vindas.

"É uma escolha fantástica para dirigir esta organização", disse o diplomata sul-coreano, que destacou o trabalho de Guterres com os refugiados, sua experiência no cenário internacional e seu conhecimento do funcionamento da ONU.

O presidente da Assembleia Geral, Peter Thomson, ressaltou que a dedicação de Guterres a "os ideais e valores comuns" das Nações Unidas "estão fora de toda dúvida".

"Tenho certeza de que o senhor Guterres servirá à comunidade global com dedicação, como uma autoridade moral e que será a voz de nossa consciência coletiva e humanidade", afirmou.

O passo de hoje era apenas uma formalidade, pois embora a Assembleia Geral seja quem nomeia o líder das Nações Unidas, a verdadeira discussão tem ocorre no Conselho de Segurança.

Naquela instância, Guterres destacou-se desde o primeiro momento como o grande favorito a ocupar o posto, vencendo todas as seis votações informais realizadas desde julho.

O português, no entanto, corria por fora no começo da disputa por causa de seu gênero - dezenas de países fizeram campanha para que uma mulher fosse escolhida - e por não ser natural do leste da Europa - região que, pela tradição de rotação geográfica, deveria ter o escolhido para o cargo desta vez.

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