Alejandro Guillier: "a história me colocou em um lugar que não procurei, mas aceito este desafio. Quero ser presidente do Chile" (Rodrigo Garrido/Reuters)
AFP
Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 06h29.
O candidato da situação à presidência do Chile, Alejandro Guillier, encerrou nesta quinta-feira sua campanha para o segundo turno das eleições presidenciais no Chile com um comício em Santiago, ao lado do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica.
Com o Palácio de la Moneda como pano de fundo, Guillier discursou para cerca de 5 mil pessoas, a três dias das eleições que definirão o sucessor da presidente de esquerda Michelle Bachelet.
"A história me colocou em um lugar que não procurei, mas aceito este desafio. Quero ser presidente do Chile", afirmou Guillier para seus partidários.
Guillier recebeu o apoio de Mujica, o ex-guerrilheiro que governou o Uruguai entre 2010 e 2015, queparticipou de distintas atividades com o candidato governista.
"O ex-presidente Piñera sempre falou muito bem do Uruguai e reconheço isto, mas estou com o mundoprogressista", declarou Mujica, 82 anos, em referência ao candidato da oposição.
"A presença de Pepe Mujica é uma lição de humildade, de onde queremos ir. Sua presença nos vitaliza e nos ajuda a unir os progressistas".
"Michelle Bachelet começou o caminho e precisamos consolidar este caminho, avançar em novos temas, em novos desafios".
Guillier acusou Piñera de ser o "retrocesso" para o Chile ao beneficiar as elites chilenas.
"Este domingo podemos dizer ao senhor Sebastián Piñera que ele representa o passado, tudo o que queremos deixar para trás".
Guillier foi durante três décadas repórter, editor chefe e apresentador dos principais telejornais do país, que o tornaram um dos jornalistas de maior credibilidade do Chile.
Piñera, que já governou o Chile de 2010 a 2014, é um empresário muito bem sucedido, cuja fortuna é avaliada em 2,7 bilhões de dólares pela revista Forbes.
No primeiro turno, realizado no dia 19 de novembro, Piñera obteve 36,6% dos votos, contra 22% para Guillier.
No domingo, 13,4 milhões de chilenos estão convocados a votar para definir o sucessor da socialistaBachelet a partir de 11 de março de 2018.