Guiana apreendeu 4,4 toneladas de cocaína nas proximidades da fronteira do país com a Venezuela. (Janine Costa/Reuters)
Redator na Exame
Publicado em 2 de setembro de 2024 às 09h57.
As autoridades da Guiana realizaram uma das maiores apreensões de drogas de sua história, capturando 4,4 toneladas de cocaína que estavam escondidas em uma área de floresta densa no noroeste do país, perto da fronteira com a Venezuela. A operação, que contou com a participação de agentes antidrogas locais e a colaboração da Agência de Combate às Drogas dos Estados Unidos (DEA), revelou uma rede de tráfico sofisticada que tentava enviar a droga para a Europa. As informações são da Bloomberg.
De acordo com James Singh, chefe da Unidade de Combate ao Narcotráfico da Guiana (CANU), a cocaína, avaliada em aproximadamente 200 milhões de dólares (R$ 1,1 bilhão), estava enterrada em poços cobertos por madeira e camuflados com vegetação na região de Matthews Ridge. A droga seria transportada por via fluvial até seu destino final em um país europeu, cujo nome não foi divulgado.
Durante a operação, os agentes também encontraram dois fuzis de assalto, mas até o momento, ninguém foi preso em conexão direta com o armazenamento e o tráfico das drogas e armas, que vinham sendo monitorados há três semanas.
O ministro da Segurança, Robeson Benn, afirmou que a apreensão é a maior registrada nos últimos anos no país e ressaltou a importância da cooperação internacional na luta contra o tráfico de drogas. "Estamos satisfeitos em ter a DEA conosco, compartilhando informações e inteligência", disse Benn, em coletiva de imprensa. Ele também destacou que a Guiana é vítima dessa atividade ilegal, já que não produz nem consome cocaína, mas é usada como rota de trânsito pelo crime organizado.
A região onde a droga foi apreendida é conhecida por operações de tráfico de drogas, e nos últimos anos, a polícia já havia encontrado embarcações submersíveis improvisadas escondidas na floresta, usadas para transportar drogas. As autoridades anunciaram que aumentarão a vigilância na área para prevenir novas atividades ilícitas.