Soldados da FARC, na Colômbia: Combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia também estão ativos na região onde o sequestro ocorreu (Serdechny / Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2013 às 21h11.
Bogotá - Três trabalhadores petroleiros foram libertados na sexta-feira por rebeldes esquerdistas que os haviam sequestrado horas antes no nordeste da Colômbia, segundo a polícia.
Os trabalhadores, de nacionalidade colombiana, estavam a serviço de uma empresa que presta serviços para a norte-americana Occidental Petroleum Corp. Ataques da guerrilha contra o setor petrolífero têm se tornado mais comuns nos últimos tempos no país.
O sequestro foi realizado por homens que vestiam fardas camufladas, na zona rural do município de Arauquita, departamento de Arauca, perto da fronteira com a Venezuela.
O comandante regional de polícia, coronel Wilson Bravo, disse que horas depois dessa ação guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo rebelde do país, libertaram os reféns, quando estavam sob pressão de uma operação militar por ar e terra.
Combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) também estão ativos na região onde o sequestro ocorreu. Tanto as Farc quanto o ELN são qualificados como grupos terroristas pelos Estados Unidos e a União Europeia.
Na mesma região, o ELN mantém sequestrados há várias semanas três empregados de uma empresa que participa do oleoduto Bicentenário. Também no Departamento de Arauca, ataques ocorridos nas últimas semanas mantêm paralisado o bombeamento de petróleo pelo oleoduto Caño Limón-Coveñas, o segundo mais importante da Colômbia, com capacidade de 80 mil barris de petróleo bruto por dia.
Segundo fontes oficiais de segurança, as Farc e o ELN lançaram uma ofensiva contra os setores petroleiro, minerador e energético, numa aparente estratégia para mostrar poder militar num momento em que ocorrem negociações de paz.
O governo do presidente Juan Manuel Santos iniciou há quase um ano um processo de paz com as Farc em Cuba, e paralelamente mantém contatos com o ELN para estabelecer um diálogo formal.
Apesar de estarem debilitados por uma década de ofensiva militar parcialmente patrocinada pelos EUA, os grupos guerrilheiros mantêm a capacidade de realizar ataques contra a infraestrutura.