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Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2010 às 16h07.
Genebra - A "situação atual é tão grave na península coreana que uma guerra pode ocorrer a qualquer momento", declarou nesta quinta-feira um diplomata norte-coreano na Conferência sobre Desarmamento na ONU, em Genebra.
A tensão é máxima entre as duas Coreias desde o naufrágio de uma corveta sul-coreana, atribuído ao regime de Pyongyang, no último dia 26 de março.
Em um discurso na Conferência de Desarmamento, o embaixador adjunto norte-coreano na ONU em Genebra, Ri Jang Gon, atribuiu a responsabilidade da "grave situação" ao "regime sul-coreano, em colaboração com seu aliado, os Estados Unidos, em relação ao naufrágio do barco de guerra sul-coreano Cheonan.
A Coreia do Norte "não tem nada a ver com o naufrágio", declarou o representante da Coreia do Norte, que denunciou os "resultados das investigações" como fundados em "presunções e suposições".
"As autoridades sul-coreanas, com o pleno apoio dos Estados Unidos, vincularam sem motivo e desde o início o naufrágio do navio de guerra e filnalmente anunciaram de forma arbitrária os resultados de uma investigação assegurando que o navio de guerra tinha sido afundado por um torpedo lançado por um submarino norte-coreano", completou o diplomata.
"Ao mesmo tempo, manobram de forma estúpida para castigar e impor represálias e ao mesmo tempo para que sejam adotadas sanções adicionais contra a República Popular Democrática da Coreia pelo Conselho de Segurança da ONU", disse.
Segundo as conclusões de uma investigação internacional, o naufrágio do Cheonan, uma corveta de 1.200 toneladas, foi provocado pelo lançamento de um torpedo por um submarino norte-coreano, em um ataque no qual 46 marinheiros sul-coreanos morreram.
Pyongyang negou ter responsabilidade no incidente, um dos mais graves desde o armistício, concluído após a Guerra da Coreia em 1953.
A Coreia do Sul anunciou represálias contra a Coreia do Norte, que prometeu responder desencadeando uma "guerra generalizada" no caso de novas sanções.