Combatentes do grupo opositor Exército Livre da Síria: país está dividido entre os participantes da guerra (Khalil Ashawi/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 17 de março de 2018 às 06h00.
Última atualização em 17 de março de 2018 às 06h00.
São Paulo – A guerra na Síria completou sete anos nesta semana. Com um registro de quase meio milhão de mortos e principal alavanca de um fluxo migratório quase sem precedentes na história, o conflito para forçar a saída do presidente Bashar Al-Assad, no poder desde 2000, não dá sinais de que está próximo do fim.
Mas, nos últimos meses, o cenário se tornou ainda mais complicado em razão da quantidade de partes envolvidas, os interesses em jogo (entenda por que o país está em guerra) e o fracasso das negociações de paz entre o governo, seus aliados, opositores e a Organização das Nações Unidas.
Enquanto uma solução para estabilizar o país e a região não aparece, o país está em retalhos. Um levantamento conduzido pelo Instituto do Estudo da Guerra (ISW, em inglês) mostra a divisão atual do país: há grandes porções de território em controle do governo e áreas menores nas mãos de grupos opositores, que brigam pela deposição de Assad.
No entanto, a Síria hoje também tem amplas regiões nas mãos dos combatentes curdos, aliados da coalizão liderada pelos Estados Unidos na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI). Antes, os curdos controlavam um espaço menor no norte da Síria, fronteira com o Iraque.
Já para o EI, que espalhou a violência e o caos em solo sírio e iraquiano e chegou a dominar importantes cidades nestes países, a situação é de fragilidade. Embora ainda presentes em algumas regiões da Síria, os extremistas foram expulsos de bastiões importantes para a sua estrutura, como Palmyra e Raqqa, até pouco tempo considerada a “capital” do califado.
Veja no mapa abaixo como a Síria está dividida depois de sete anos de guerra.