Guerra: OMS pede corredor humanitário em Gaza (Menahem KAHANA /AFP)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 09h46.
Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 13h20.
O número de mortos na guerra entre Israel e Hamas não para de subir. De acordo com o último balanço divulgado pelos dois lados do conflito, 1.830 pessoas morreram em decorrência dos ataques do Hamas em Israel e dos bombardeios dos israelenses na Faixa de Gaza.
Em Israel, são 1.000 mortos e 2.700 feridos. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 830 palestinos foram mortos e 4.000 estão feridos. Entre os mortos estão 140 crianças e 120 mulheres, disse um porta-voz do ministério. Além do balanço oficial, um porta-voz das forças militares israelenses afirmou que 1.500 corpos de integrantes do Hamas foram encontrados dentro do território de Israel.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira, 10, a abertura de um corredor humanitário até a Faixa de Gaza para entrada de suprimentos médicos essenciais. "Os hospitais não podem funcionar sem combustível e eletricidade. Os suprimentos que pretendemos transportar já estão num nível baixo, por isso precisamos que estes produtos cheguem à Faixa de Gaza", disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.
O Itamaraty confirmou, na manhã desta terça-feira, 10, a morte do primeiro brasileiro nos bombardeios entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza. Ranani Glazer, de 24 anos, estava desaparecido desde sábado, após o início do conflito, e tinha ido à rave Universo Paralello na qual houve o maior ataque do Hamas.
"Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis", diz a nota oficial do Itamaraty.
O governo federal informou na manhã desta terça-feira, 10, que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou no aeroporto de Tel Aviv para repatriar brasileiros que querem sair do país por causa da guerra de Israel contra o Hamas.
Segundo a rede Al Jazeera, o grupo armado palestino Hamas lançou a “Operação Al-Aqsa Flood”, em defesa da mesquita de Al-Aqsa”. O complexo que fica em Jerusalém é foco histórico de tensão entre israelenses e palestinos.
Os muçulmanos chamam a região, que também inclui o santuário da Cúpula da Rocha (ou Domo da Rocha), de Haram al-Sharif, ou Santuário Nobre. Os fiéis crêem que o profeta Maomé viajou de Meca até à mesquita em uma noite para orar antes de ascender ao céu.
Já os judeus chamam o local de Monte do Templo, e o consideram sagrado pois é onde ficavam dois templos antigos importantes para a religião, destruídos pelos romanos no ano 70 D.C. O único vestígio deles é o Muro das Lamentações.
O grupo palestino Hamas lançou a "Operação Al-Aqsa Flood" para defender a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, palco de tensões entre palestinos e israelenses.
No Brasil, apenas os grupos designados como "terroristas" pela ONU recebem essa classificação. Países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e nações da União Europeia, apontam que o Hamas é uma organização terrorista.
Ismail Haniyeh lidera o Hamas desde 2017 e reside em Doha, Catar, desde 2020 devido às restrições de saída e entrada em Gaza, que enfrenta bloqueios em suas fronteiras tanto com Israel quanto com o Egito.
Na sua Carta de Princípios de 1988, o Hamas declarou que a Palestina é uma terra islâmica e não reconhece a existência do Estado de Israel.