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Guerra Israel-Hamas: Netanyahu diz que não concordará com cessar-fogo

Primeiro-ministro israelense também culpou o grupo terrorista pelas mortes de civis palestinos desde o início dos ataques, em 7 de outubro

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (ABIR SULTAN/POOL/AFP/Getty Images)

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (ABIR SULTAN/POOL/AFP/Getty Images)

Publicado em 30 de outubro de 2023 às 15h41.

Última atualização em 30 de outubro de 2023 às 15h52.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira, 30, que os apelos a um cessar-fogo na Faixa de Gaza são apelos à rendição de Israel ao Hamas.

"Israel não concordará com a cessação das hostilidades após os horríveis ataques de 7 de outubro", afirmou o líder, em comentários em inglês a meios de comunicação estrangeiros.

"Os apelos a um cessar-fogo são um apelo a Israel para que se renda ao Hamas, que se renda ao terror, que se renda à barbárie. Isso não vai acontecer", disse.

E acrescentou: "Pedir um cessar-fogo é pedir que Israel se renda à barbárie e ao terrorismo, e isso não vai acontecer. A Bíblia diz que há um momento para a guerra, e este é o momento da guerra da civilização contra a barbárie. Hoje, traçamos um linha entre a civilização e a barbárie. Esta é uma batalha da civilização. A batalha de Israel contra o Hamas e o Irã é a sua batalha".

Netanyahu também culpou o Hamas pela morte de civis palestinos, sugerindo que o grupo extremista impede a população de deixar a Faixa de Gaza, como instado por Israel.

"Eles [o Hamas] queimaram pessoas vivas, estupraram mulheres, decapitaram homens, torturaram sobreviventes do Holocausto, cometeram os crimes mais horríveis que poderíamos imaginar", comentou. "O Hamas está fazendo todo o possível para colocar os civis [de Gaza] em perigo".

O primeiro-ministro de Israel afirmou ainda que ninguém teria apelado aos EUA para concordarem com um cessar-fogo após o ataque a Pearl Harbor durante a Segunda Guerra Mundial, ou após o 11 de setembro.

Para ele, deve haver uma "distinção moral entre o assassinato deliberado de inocentes e o tipo de vítimas não intencionais que acompanham todas as guerras legítimas", em comentários sobre o número de mortos em Gaza.

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