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Guerra em Gaza entra na segunda semana com pedidos de trégua

Israel manteve seus bombardeios sobre a Faixa de Gaza apesar da crescente pressão internacional por um cessar-fogo

Fumaça é vista na cidade de Rafah após ataque aéreo de Israel, no sul da Faixa de Gaza (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Fumaça é vista na cidade de Rafah após ataque aéreo de Israel, no sul da Faixa de Gaza (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 16h25.

Gaza/Jerusalém - Militantes palestinos retomaram o lançamento de foguetes contra Tel Aviv nesta segunda-feira, depois de 24 horas de descanso nos ataques contra a capital comercial de Israel, que manteve seus bombardeios aéreos e navais sobre a Faixa de Gaza apesar da crescente pressão internacional por um cessar-fogo.

Os militares disseram ter abatido uma aeronave não-tripulada, conhecida como drone, vindo de Gaza, a primeira incursão do tipo por parte dos militantes e que aponta para uma possível sofisticação de seu arsenal, embora não esteja claro se o artefato estava armado.

Seus ataques com foguetes vêm sendo interceptados regularmente, porém mais de meia dúzia de israelenses ficaram feridos desde o início da ofensiva na semana passada.

Autoridades de saúde de Gaza afirmam que ataques aéreos israelenses já mataram 170 palestinos, a maioria civis.

À medida que aumentam os apelos internacionais por um cessar-fogo, a mídia do Egito relatou que o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, é esperado no Cairo na terça-feira para conversas sobre a situação em Gaza.

Não houve confirmação imediata por parte dos EUA.

A União Europeia declarou estar em contato com “todas as partes na região” para pressionar pela interrupção imediata das hostilidades, o pior episódio de violência israelo-palestina em quase dois anos.

Dois membros do gabinete de segurança do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insinuaram que uma trégua pode estar a caminho.

“Há contatos o tempo todo”, afirmou o ministro das Comunicações, Gilad Erdan, quando indagado sobre a possibilidade de Kerry visitar o Cairo.

O ministro da Economia, Naftali Bennett, declarou na rede de TV Channel 2 que “todas as opções estão sobre a mesa”, embora o líder de extrema-direita tenha dito que os combates também podem continuar.

O Egito e o Catar são vistos como mediadores em potencial, mas os esforços de pacificação foram complicados pela rejeição do Hamas a uma simples “calma pela calma”, na qual os dois lados se contêm em nome de condições mais favoráveis, a libertação de prisioneiros palestinos e o fim do bloqueio israelense a Gaza.

O Exército de Israel disse que os militantes palestinos lançaram mais de 20 foguetes no país, ferindo levemente um menino na cidade de Ashdod e duas meninas de 11 e 13 anos perto de Beersheba.

Autoridades palestinas da Saúde disseram que pelo menos 20 pessoas em Gaza foram feridas.

O Al-Mezan, grupo de direitos humanos palestino sediado em Gaza, disse que 869 casas palestinas foram destruídas ou danificadas pelas ataques israelenses na última semana.

A violência foi gerada pelo assassinato de três adolescentes israelenses e a morte vingativa de um jovem palestino. Autoridades israelenses disseram nesta segunda-feira que três pessoas presas pela morte do palestino confessaram tê-lo queimado vivo.

Os líderes do Hamas disseram que um cessar-fogo deve incluir um fim ao bloqueio de Gaza por Israel e o compromisso com um acordo de trégua acertado em 2012.

Além disso, o Hamas quer que o Egito alivie as restrições que impôs à sua passagem de Rafah com a Faixa de Gaza desde que os militares egípcios derrubaram o presidente islâmico eleito Mohamed Mursi em julho do ano passado.

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