O braço armado do movimento islâmico palestino Hamas, que governa Gaza, lançou no sábado uma grande ofensiva que deixou mais de 900 mortos em Israel (MOHAMMED ABED /AFP)
Agência de notícias
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 08h54.
Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 13h28.
A guerra entre o movimento islâmico palestiniano Hamas e Israel forçou a deslocação de mais de 187,5 mil pessoas dentro da Faixa de Gaza desde sábado, indicou o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
"O número de pessoas deslocadas aumentou consideravelmente na Faixa de Gaza, subindo para mais de 187,5 mil desde sábado. A maioria está abrigada em escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA)", disse nesta terça-feira Jens Laerke, porta-voz da OCHA.
O Exército israelense informou, nesta segunda-feira, que retomou o controle de territórios no sul do país atacados pelo Hamas perto da Faixa de Gaza, cujo "cerco total" foi ordenado como resposta à ofensiva sem precedentes deste grupo islâmico palestino.
"Estamos impondo um cerco total à Gaza. Sem eletricidade, sem comida, sem água, sem gás, tudo bloqueado", disse o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, em um vídeo. "Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade".
O braço armado do movimento islâmico palestino Hamas, que governa Gaza, lançou no sábado uma grande ofensiva que deixou mais de 900 mortos em Israel, incluindo centenas de civis. Em resposta, Israel realiza um bombardeamento sistemático e destrutivo na Faixa de Gaza, que já causou a morte de pelo menos 687 pessoas, incluindo civis e crianças.
O grupo terrorista Hamas lançou a "Operação Al-Aqsa Flood" para defender a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, palco de tensões entre palestinos e israelenses.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e nações da União Europeia, apontam que o Hamas é uma organização terrorista.
Ismail Haniyeh lidera o Hamas desde 2017 e reside em Doha, Catar, desde 2020 devido às restrições de saída e entrada em Gaza, que enfrenta bloqueios em suas fronteiras tanto com Israel quanto com o Egito.
Na sua Carta de Princípios de 1988, o Hamas declarou que a Palestina é uma terra islâmica e não reconhece a existência do Estado de Israel.
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