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Guerra de charges explode na campanha eleitoral nos EUA

Jornal americano publicou um desenho satírico representando as duas filhas de Ted Cruz, pré-candidato presidencial republicano, como macacos adestrados


	Charge: "Que nível. @washingtonpost faz piada com minhas filhas. Conformem-se em me atacar - Caroline & Catherine estão fora de jogo"
 (Mark Wilson/Getty Images)

Charge: "Que nível. @washingtonpost faz piada com minhas filhas. Conformem-se em me atacar - Caroline & Catherine estão fora de jogo" (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 13h01.

Uma guerra de charges explodiu na campanha eleitoral nos Estados Unidos após a publicação de um desenho satírico representando as duas filhas pequenas de Ted Cruz, pré-candidato presidencial republicano, como macacos adestrados.

O desenho ofensivo, que foi publicado pelo jornal The Washington Post - que posteriormente o retirou de seu site -, mostrava Cruz girando a manivela de um órgão junto a dois macacos que dançavam acima da legenda: "Ted Cruz usa seus filhos como adereços políticos".

"Que nível. @washingtonpost faz piada com minhas filhas. Conformem-se em me atacar - Caroline & Catherine estão fora de jogo", escreveu Cruz em um tuíte furioso.

O senador do Texas, que ocupa o segundo lugar nas pesquisas para as eleições primárias do Partido Republicano, respondeu na noite de quarta-feira publicando uma imagem da candidata favorita das primárias democratas, Hillary Clinton, passeando com dois cachorros chamados "The New York Times" e "The Washington Post", o nome de dois dos jornais americanos.

"Parece ser uma ideia melhor para fazer uma caricatura: Hillary e seus cãezinhos", tuitou, referindo-se à ideia comum entre republicanos de que os meios de comunicação convencionais dos Estados Unidos - e particularmente estes dois jornais - simpatizam com o Partido Democrata.

Os rivais republicanos de Cruz o apoiaram, incluindo Donald Trump, Jeb Bush e Marco Rubio, que tuitou: "A caricatura do Wash Post mostrando as filhas de @tedcruz é nojenta".

Cruz, que lidera as pesquisas em Iowa - o primeiro estado a votar nas primárias republicanas, em fevereiro - criticou o desenho ao fazer campanha na quarta-feira.

"Não façam piada de uma menina de cinco anos ou de uma menina de sete. Não se metam com meus filhos, não se metam com os filhos de Marco (Rubio), não se metam com os filhos de Hillary (Clinton), não se metam com os filhos de ninguém", disse o pré-candidato.

Depois da indignação provocada pela publicação, o The Washington Post substituiu o desenho com uma mensagem do editor Fred Hiatt na qual declarava que a chargista Ann Telnaes, premiada com o Pulitzer, havia passado dos limites.

"A política de nossa seção editorial em geral decidiu deixar as crianças fora do assunto. Não vi esta caricatura antes de sua publicação. Entendo por que Ann pensou que uma exceção a esta política estaria justificada neste caso, mas não estou de acordo", explicou o editor.

A caricaturista se referia com seu desenho a uma propaganda televisiva de Cruz que mostrava sua esposa e suas duas filhas, na qual leem um livro de contos altamente politizados - com títulos tão inesperados como "Como ObamaCare (a reforma da saúde do presidente Obama) roubou o Natal".

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