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Guerra da Ucrânia está ficando 'sem explicação', diz Lula após funeral do papa

Presidente disse não ter encontrado Donald Trump no funeral

O presidente Lula acompanha o funeral do papa Francisco (Ricardo Stuckert/Divulgação)

O presidente Lula acompanha o funeral do papa Francisco (Ricardo Stuckert/Divulgação)

Publicado em 26 de abril de 2025 às 10h45.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem ao Vaticano, comentou o diálogo entre os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky, realizado antes do funeral do papa Francisco, neste sábado, 26.

Os dois líderes conversaram por cerca de 15 minutos e tiveram um diálogo "muito produtivo", segundo comunicado da Casa Branca.

Lula disse que não conversou com Trump durante o funeral e que desconhece o teor da conversa, mas destacou a importância de se manter o diálogo como alternativa para o fim da guerra entre Ucrânia e Rússia.

“Não sei sobre o que eles conversaram. Não posso intuir sobre a conversa. O que é importante é que se converse pra ver se encontra uma saída pra essa guerra. Essa guerra está ficando sem explicação. Ninguém consegue explicar e ninguém quer falar em paz”, avaliou o presidente.

“E o Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois [líderes] sentem em uma mesa de negociação e encontrem uma solução. Não só para a Ucrânia e a Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”, completou Lula.

Fala no aeroporto

Lula deu a declaração ao chegar no aeroporto de Roma, após participar do funeral de Francisco, e destacou principalmente os compromissos com o combate à desigualdade do último Pontífice.

"Quisera Deus que o próximo papa fosse igual ele, com o mesmo coração dele, com os mesmos compromissos religiosos dele, com os mesmos compromissos com o combate à desigualdade do que o papa Francisco. O presidente brasileiro classificou o pontífice como "líder religioso mais importante" do primeiro quarto do século 21.

"Ele se preocupava não apenas com a espiritualidade das pessoas, mas se preocupava com a guerra da Ucrânia, se preocupava com a guerra de Gaza, se preocupava com a fome, se preocupava com as coisas que afligem o povo do mundo inteiro", disse.

Com Agência Brasil.

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