Militares americanos no Afeganistão: as tropas internacionais começaram a se retirar do Afeganistão em julho de 2011 (Spencer Platt/Getty Images/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 17h32.
Washington - O Pentágono informou nesta quinta-feira que 2.091 soldados dos Estados Unidos morreram desde 2001 no Afeganistão e em outras partes do mundo na "guerra contra o terrorismo".
De acordo com os números do Pentágono, as forças militares americanas tiveram 1.972 baixas fatais no Afeganistão, 1.638 delas em combate. Desde o início da invasão, há quase 11 anos, 17.288 soldados ficaram feridos.
Na campanha chamada pelos Estados Unidos de "Liberdade Duradoura" (ações contra o terrorismo no Chifre da África) e em outras operações, 116 soldados e três civis americanos morreram. Essas baixas aconteceram na base naval americana da baía de Guantánamo (Cuba), Djibuti, Eritréia, Etiópia, Jordânia, Quênia, Quirguistão, Paquistão, Filipinas, Seychelles, Sudão, Tadjiquistão, Uzbequistão e Iêmen.
O chefe das forças americanas no Afeganistão, o general da Infantaria da Marinha John Allen, disse nesta quinta-feira que o estresse do Ramadã no meio do verão pode ter contribuído para o aumento recente de ataques contra as forças dos EUA, seus aliados e o governo afegão.
O general Allen afirmou que não só as forças americanas sofreram um aumento das baixas recentemente, mas também as tropas do governo afegão foram objeto de mais ataques. "É a estação das campanhas militares", disse Allen. "As forças afegãs também têm mais baixas porque aumentou de número e porque participam mais de mais operações, tomaram a ofensiva".
O oficial disse que não compreende plenamente as razões dos ataques dos soldados e oficiais afegãos contra as forças dos Estados Unidos e seus aliados. Allen informau que os talibãs podem ter desempenhado um papel direto em alguns casos se fazendo passar por soldados ou policiais afegãos. Outros fatores, acrescentou, incluem o fato de que o mês de jejum do Ramadã neste ano aconteceu no meio do verão e durante a temporada de campanhas militares no país.
Segundo dados oficiais, neste ano morreram 40 militares da missão da Otan no Afeganistão em ações deste tipo.
As tropas internacionais começaram a se retirar do Afeganistão em julho de 2011 para transferir gradualmente a responsabilidade da segurança ao Exército e a polícia do país.
Este processo deve ser concluído em 2014, caso os prazos forem cumpridos, e transcorre no meio de uma das fases mais sangrentas da guerra afegã, que já dura mais de uma década, desde a invasão dos EUA e a queda do regime fundamentalista talibã.