Juan Guaidó: presidente autodeclarado encontrou diplomata expulso por Maduro (Twitter Juan Guaidó/Divulgação)
EFE
Publicado em 7 de março de 2019 às 14h26.
Caracas - O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país e reconhecido por cerca de 50 países, se reuniu nesta quinta-feira com o embaixador alemão Daniel Kriener Martín, que foi expulso do país ontem por ordem do regime de Nicolás Maduro.
"Recebemos na Assembleia o embaixador Daniel Kriener Martín, da Alemanha, a quem manifestamos nossa rejeição às ameaças do regime usurpador", escreveu Guaidó no Twitter.
"A embaixada em Caracas seguirá em funcionamento pleno, sob a autoridade da encarregada de negócios, Daniela Vogl", completou.
1/2
Recibimos en la @AsambleaVE al Embajador Daniel Kriener Martín, de #Alemania, a quien le manifestamos nuestro rechazo ante las amenazas del régimen usurpador. pic.twitter.com/hCPLf0LOJl— Juan Guaidó (@jguaido) March 7, 2019
Guaidó repudiou ontem a ordem para expulsar o diplomata. Maduro declarou o embaixador alemão como "persona non grata" na Venezuela e deu um prazo de 48 horas para que ele deixe o país.
"Ele não perdoa os que querem ajudar a Venezuela", disse o autoproclamado presidente interino do país.
A Alemanha foi um dos países que doou dinheiro para apoiar o envio de ajuda humanitária, solicitada pela oposição venezuelana. E Kriener Martín esteve no aeroporto internacional Simón Bolívar, em Caracas, para receber Guaidó em seu retorno ao país.
"Hoje o regime que usurpa funções, que não tem competência para declarar ninguém como 'persona non grata', simplesmente exerce coação. É uma ameaça e assim deve ser encarada pelo mundo livre", disse o líder opositor ao se reunir com o embaixador alemão.
Na Assembleia Nacional, os deputados da oposição agradeceram à Alemanha pelo apoio e criticaram a decisão de Maduro.
O regime chavista decidiu expulsar o diplomata alemão por considerar que ele estava exercendo um "papel público de dirigente político".