Juan Guaidó: opositor de Maduro foi reconhecido por cerca de 40 países como presidente interino da Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
AFP
Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 09h00.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 09h02.
O opositor Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 40 países como presidente interino da Venezuela, pediu nesta quarta-feira (6) ao papa Francisco que defenda junto ao presidente Nicolás Maduro para que ele deixe o poder.
Guaidó pediu a Francisco para "mostrar" Maduro a necessidade de "avançar para um processo de transição ordenada que estabilize o país".
"O tempo é outro na Venezuela", disse o chefe do parlamento de maioria opositora, referindo-se à possibilidade de um diálogo com a mediação do pontífice, solicitado pelo governante socialista.
No final de janeiro, depois de visitar o Panamá, o papa pediu uma solução "justa e pacífica" para a crise venezuelana e evitou pronunciar-se "sobre o que fazer porque seria imprudente (...) e prejudicaria".
"A grande autoridade moral que o Vaticano e o Papa têm, na melhor das hipóteses, facilita o processo de garantias para alguns que hoje se recusam a ver a realidade", disse Guaidó, que acusa Maduro de "usurpar" a presidência por ter sido reeleito com fraude de votos.
Maduro enviou uma carta esta semana ao líder da Igreja Católica, na qual ele pede "seus maiores esforços para ajudar "no caminho do diálogo", disse o presidente ao canal italiano SkyTG24 na segunda-feira.
O papa está disposto a mediar se as "duas partes" o solicitarem. Ele disse que recebeu a carta, mas ainda não a leu.