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Guaidó faz apelo por emergência após apagão na Venezuela

Líder da oposição pretende facilitar uma intervenção internacional para acelerar a queda de Nicolás Maduro

Apagão: queda de energia atinge Venezuela e intensifica crise no país (Manaure Quintero/Reuters)

Apagão: queda de energia atinge Venezuela e intensifica crise no país (Manaure Quintero/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2019 às 06h57.

Última atualização em 11 de março de 2019 às 07h13.

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, deve fazer nesta segunda-feira um apelo ao parlamento do país para declarar emergência nacional após um fim de semana de apagão. A luz começou a faltar na quinta-feira em 22 dos 23 estados venezuelanos e a situação só começou a voltar à normalidade no domingo.

A organização não-governamental Codevida, que atua na Venezuela, informou que 15 doentes renais morreram nos últimos dias no país, em decorrência da falta de diálise. A entidade receia que o número de vítimas aumente porque o apagão afetou o funcionamento dos aparelhos.

O apagão acirrou a tensão entre chavistas e opositores. Os dois lados foram às ruas no sábado para uma série de protestos contra e a favor do governo. Nicolás Maduro, apontou os Estados Unidos como responsáveis pela pane elétrica que atingiu o país. Segundo ele, o objetivo é desestabilizar seu governo por meio de sabotagem cibernética. Guaidó e o Grupo de Lima, grupo de países que reconheceu o opositor como presidente interino, culpa a incompetência da gestão Maduro pela queda de energia.

Guaidó concedeu entrevista coletiva do lado de fora da Assembleia Nacional, às escuras. Seu objetivo é, com a declaração de emergência, facilitar uma intervenção internacional no país que acelere a queda de Maduro. O maior desafio continua sendo a resistência das Forças Armadas. Guaidó vem publicando textos cobrando a cumplicidade dos militares com o governo. No domingo, pediu que os familiares do militares lhes digam como estão sofrendo.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, disse no domingo que militares estão conversando com Guaidó e com parlamentares da oposição. Sem eles, apesar da tragédia, Maduro não deixará o palácio Miraflores.

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