Mundo

Grupos rebeldes do Mali aceitam cessar-fogo com Bamaco

Rebeldes aceitaram a cessação das hostilidades após uma visita a Kidal, seu principal bastião, do presidente da União Africana (UA), Mohammed Ould Abdel Aziz


	Soldado no Mali: rebeldes aceitaram a cessação das hostilidades após visita a Kidal, seu principal bastião, do presidente da União Africana (UA), Mohammed Ould Abdel Aziz (KENZO TRIBOUILLARD/AFP/Getty Images)

Soldado no Mali: rebeldes aceitaram a cessação das hostilidades após visita a Kidal, seu principal bastião, do presidente da União Africana (UA), Mohammed Ould Abdel Aziz (KENZO TRIBOUILLARD/AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 18h14.

Bamaco - Os grupos rebeldes tuaregues do norte do Mali aceitaram nesta sexta-feira um cessar-fogo com as autoridades de Bamaco, após uma semana de duros enfrentamentos, confirmaram à Agência Efe fontes diplomáticas e da missão da ONU para o Mali (MINUSMA).

Os rebeldes aceitaram a cessação das hostilidades após uma visita a Kidal, seu principal bastião, do presidente da União Africana (UA), Mohammed Ould Abdel Aziz.

Abdel Aziz, que viajou para esta cidade situada a 1,5 mil quilômetros ao norte de Bamaco acompanhado do chefe da MINUSMA e representante pessoal do secretário-geral da ONU para Mali, Albert Koenders, se reuniu com representantes do Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA), do Alto Conselho pela Unidade de Azawad (ACUA) e do Movimento Árabe de Azawad (MAA).

Minutos antes da confirmação da aceitação do cessar-fogo, a MINUSMA havia informado que Koenders alcançou "progressos nas negociações com os grupos armados".

Além do cessar-fogo, a MINUSMA tinha assegurado que foram conquistados avanços em relação à libertação por parte dos grupos armados das pessoas que mantêm sob sua custódia, assim como para o retorno do diálogo político.

Abdel Aziz chegou ontem a Mali após os recentes enfrentamentos entre os rebeldes e o Exército que explodiram no fim de semana passado coincidindo com a primeira visita do chefe de governo malinês, Moussa Mara, ao bastião dos insurgentes.

Os choques do fim de semana, que causaram 36 mortos e 87 feridos, ocorreram novamente na quarta-feira em uma tentativa fracassada por parte do Exército de expulsar os combatentes tuaregues dessa cidade setentrional.

Nestes segundos combates, cujo número de vítimas ainda é desconhecido, os rebeldes tomaram o controle de Kidal, assim como de outras cidades do norte do Mali, entre elas Menaka, situada na província de Gao.

Governo e rebeldes assinaram em junho de 2013 um cessar-fogo em Ouagadougou que moldou as bases da reconciliação e no qual ambas partes se comprometeram a começar conversas de paz.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaCrises em empresasMali

Mais de Mundo

Imigração dos EUA se desculpa após deter cidadãos americanos que falavam espanhol

EUA congelam financiamento federal para ONGs que atendem migrantes

Trump confirma contatos com Moscou para repatriar vítimas russas de acidente aéreo

Após acidente, Trump ordena revisão de protocolo aéreo e mudanças de contratação feitas com Biden