Palestinos mascarados seguram machados e arma para celebrar atentado contra sinagoga em Jerusalém (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2014 às 08h58.
Gaza - Os movimentos radicais islâmicos palestinos Hamas e Jihad Islâmica aplaudiram nesta terça-feira o ataque cometido hoje em uma Sinagoga de Jerusalém Oriental que matou quatro israelenses, e disseram que a ação se trata "da reação natural aos crimes perpetrados pelos ocupantes e os colonos".
Em mensagem divulgada em sua página no Facebook, o porta-voz do Hamas na Cisjordânia, Hussam Badram, vinculou o ataque à morte ontem de um motorista de ônibus palestino, que apareceu enforcado.
Enquanto a polícia israelense assegura que se tratou de um suicídio, a família e os amigos do palestino afirmam que ele foi vítima de um ataque de judeus extremistas.
"Abençoamos a operação em Jerusalém e apreciamos o heroísmo dos que a levaram a cabo. É um ato seletivo de resistência à ocupação e uma resposta prática aos contínuos crimes dos ocupantes, o último dos quais foi enforcar a sangue frio um motorista de ônibus ontem em Jerusalém", afirmou Badram.
Já o porta-voz do Hamas em Gaza, Fawzi Barhoum, afirmou em um comunicado que o movimento islamita "louva o heroico ataque em Jerusalém e aprecia a coragem dos atacantes".
"É um ato de resistência à ocupação e uma resposta prática aos crimes da ocupação em Jerusalém e contra a Mesquita de al-Aqsa", acrescentou.
Por meio de um comunicado, os Comitês de Resistência Popular em Gaza e a Jihad Islâmica abençoaram "a operação de comando na Jerusalém ocupada".
"A operação em Jerusalém é a reação natural aos crimes dos ocupantes e dos colonos", afirmaram os grupos.
Pelo menos seis pessoas, entre elas os dois supostos atacantes, morreram hoje em um tiroteio em uma sinagoga e yeshiva (seminário rabínico) do bairro ortodoxo de Har Nof, em Jerusalém Ocidental, informou a polícia local.
Segundo a "Estrela de Davi Vermelha", outras oito pessoas ficaram feridas -algumas delas em estado grave- quando dois homens, aparentemente palestinos de Jerusalém Oriental, armados com uma faca, um machado e uma pistola, entraram na sinagoga e atacaram as pessoas que estavam rezando no local. Em seguida, os agressores foram mortos pela polícia israelense.
A polícia confirmou a morte de quatro israelenses e dos dois homens que praticaram a ação, e acrescentou que investiga o que considera um ataque terrorista, o segundo mais grave cometido em Jerusalém desde o fim da Segunda Intifada.