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'Grupo pró-Ucrânia' estaria por trás de sabotagem no Nord Stream, diz NYT

Veículos de mídia alemães informaram ter obtido essa informação de entrevistas "com fontes em vários países"

Explosão do gasoduto Nord Stream: autores seriam "adversários de Putin" (AFP/AFP Photo)

Explosão do gasoduto Nord Stream: autores seriam "adversários de Putin" (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 8 de março de 2023 às 08h02.

Um "grupo pró-Ucrânia" é o responsável pela sabotagem ocorrida no ano passado nos gasodutos Nord Stream 1 e 2 no Mar Báltico, garantiu o jornal The New York Times nesta terça-feira, 7, citando fontes de inteligência dos Estados Unidos, que não foram identificadas. O jornal tampouco revela o nome desse "grupo pró-Ucrânia".

De acordo com os funcionários americanos, não há indícios de que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estivesse envolvido na sabotagem que beneficiou a Ucrânia ao minar a capacidade russa de acumular milhões mediante a venda de gás natural à Europa Ocidental.

A versão difundida pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos sugere que os autores eram "adversários do presidente russo Vladimir Putin", provavelmente cidadãos ucranianos ou russos, segundo o New York Times.

Vários meios de comunicação alemães (o jornal semanal Die Zeit e os canais públicos ARD e SWR) assinalaram - também sem fontes identificadas - que, para a operação, foi utilizado um barco alugado por uma empresa com sede na Polônia e "aparentemente pertencente a dois ucranianos".

A bordo do barco subiu uma equipe de seis pessoas - cinco homens e uma mulher - para transportar e colocar os explosivos, acrescentaram.

Os veículos de mídia alemães informaram ter obtido essa informação de entrevistas "com fontes em vários países".

Alemanha, Dinamarca e Suécia realizam investigações judiciais sobre a destruição dos gasodutos.

No entanto, "não está clara a nacionalidade dos autores", afirmou o Die Zeit, porque utilizaram passaportes falsos para alugar o barco.

Segundo investigadores, o grupo zarpou do porto alemão de Rostock em 6 de setembro de 2022.

No barco foram encontrados vestígios de explosivos depois que o mesmo foi devolvido "sem limpar" ao proprietário, escreveu o Die Zeit.

"Embora as pistas levem à Ucrânia, os investigadores ainda não puderam determinar quem encomendou" a operação, frisou a publicação.

O New York Times indicou que a versão consultada pelo serviço secreto dos Estados Unidos não permite chegar a "conclusões firmes" e "deixa aberta a possibilidade de que a operação tenha sido lançada em segredo" por uma força com vínculos dentro do governo ucraniano ou nos serviços de segurança da ex-república soviética.

Em 26 de setembro, foram detectados quatro vazamentos de gás precedidos de explosões submarinas nos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha, todas elas em águas internacionais.

Os países ocidentais acusaram a Rússia pelas explosões. Moscou, por sua vez, acusou os "anglo-saxões" de estarem por trás da sabotagem.

Desde a invasão da Ucrânia por parte de Moscou, em fevereiro do ano passado, os dois gasodutos motivaram tensões geopolíticas, alimentadas pela decisão de Moscou de cortar o fornecimento de gás para a Europa em suposta represália pelas sanções ocidentais.

Os dois gasodutos estavam fora de serviço, mas continham grandes quantidades de metano.

Em um artigo publicado em fevereiro, o jornalista investigativo americano Seymour Hersh afirmou, citando uma fonte não identificada, que mergulhadores da Marinha dos Estados Unidos, com a ajuda da Noruega, haviam colocado os explosivos nos gasodutos.

A Casa Branca, por sua vez, classificou o artigo de "ficção total".

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