Militares no Egito (Amr Abdallah Dalsh/Files/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de dezembro de 2013 às 12h18.
Cairo - Um grupo jihadista egípcio reivindicou nesta quarta-feira o atentado cometido ontem contra a sede da Direção de Segurança da província egípcia de Dakahliya, no delta do rio Nilo, que deixou pelo menos 13 mortos e 134 feridos.
Em comunicado divulgado em fóruns jihadistas, o grupo 'Ansar Beit al Maqdis' (Seguidores da Casa de Jerusalém) disse que atacou o edifício policial 'em resposta às práticas do regime apóstata (que abandonou a fé) que luta contra a lei islâmica, derrama o sangue dos muçulmanos e viola a honra de nossas mulheres e irmãs'.
A organização extremista, que costuma agir na Península do Sinai, detalhou que o atentado foi cometido por um suicida e teve como alvo a Direção de Segurança, 'uma das fortificações dos infiéis e da tirania'.
Além disso, pediu aos soldados e aos agentes de segurança para abandonarem seus postos para preservar sua vida e evitarem 'lutar contra o islã' ao lado das novas autoridades egípcias.
Por sua vez, o grupo pediu aos cidadãos se afastarem das sedes de segurança e militares pela previsão de novos atentados e anunciou que seguirão lutando contra o Estado egípcio 'até que se estabeleça a lei de Deus'.
O grupo 'Ansar Beit al Maqdis' requisitou a autoria de vários atentados cometidos no Egito nos últimos meses, entre eles a tentativa de assassinato do atual ministro egípcio de Interior, Mohammed Ibrahim, no dia 5 de setembro.
Os ataques contra as forças armadas e a polícia egípcia aumentaram no país, principalmente no Sinai, desde a destituição pelos militares em julho passado do presidente islamita Mohammed Mursi e o violento despejo em agosto das acampamentos que pediam sua restituição.