Mundo

Grupo de Lima não reconhece novo mandato de Maduro na Venezuela

Decisão move as peças do tabuleiro político da região neste início de 2019 e pode gerar colapso das relações diplomáticas com a Venezuela

Grupo de Lima disse que não reconheceria o novo mandato de Maduro (Mariana Bazo/Reuters)

Grupo de Lima disse que não reconheceria o novo mandato de Maduro (Mariana Bazo/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2019 às 16h57.

Última atualização em 4 de janeiro de 2019 às 17h37.

Lima - O México rejeitou juntar-se a seus colegas regionais nesta sexta-feira no apelo ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para que não tome posse este mês, a primeira vez em que não assinou uma declaração do Grupo de Lima, bloco criado para pressionar Caracas a fazer reformas democráticas.

Os outros 13 integrantes do Grupo de Lima, que incluem Canadá, Brasil (agora sob o governo Bolsonaro, crítico ferrenho de Maduro), Argentina, Colômbia, Chile e Peru, disseram que não reconheceriam o novo mandato de Maduro porque a eleição do ano passado foi "ilegítima", segundo comunicado conjunto que assinaram.

Eles conclamaram Maduro a respeitar os poderes da Assembléia Nacional e transferir o governo provisoriamente ao parlamento venezuelano ("única instituição legítima e democrática") até que novas eleições presidenciais democráticas sejam realizadas.

Criado em 2017 (ano de protestos contra Maduro que deixou mais de 120 mortos na Venezuela) o Grupo de Lima é formado por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lúcia.

Os representantes dos países do Grupo se reuniram na capital peruana para avaliar novas medidas contra o governo de Nicolás Maduro

Como a maioria dos países ignorou as eleições presidenciais de maio passado na Venezuela, "a conseqüência natural é o colapso das relações diplomáticas com a Venezuela", segundo o ministro peruano das Relações Exteriores, Néstor Popolizio, que chefiou o encontro.

Expressões como "ditadura" e "governo ilegítimo" foram usadas para descrever o governo venezuelano na declaração do Grupo de Lima, que faz um apelo à comunidade internacional para ajudar a restaurar a democracia na Venezuela.

 

Acompanhe tudo sobre:Cidade do MéxicoNicolás MaduroPeruVenezuela

Mais de Mundo

Brasil assina acordo para trazer gás natural da Argentina ao mercado brasileiro

No RJ, presidente chinês afirma que mundo adentra um 'período de turbulência e mudança'

Na Alemanha, cachorros pagam impostos — e governo já arrecadou R$ 2,6 bilhões

O que é e o que faz o G20, grupo que reúne 85% do PIB global?