Obama e Abbas em Ramallah: "É uma resposta dos soldados de Osama bin Laden à visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama", afirmou o grupo. (Ammar Awad/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 15h42.
Gaza - Um grupo radical salafista assumiu a autoria do lançamento nesta quinta-feira de vários foguetes da Faixa de Gaza contra o sul de Israel, que não causaram vítimas, e assegurou que são sua resposta à visita à região do presidente americano, Barack Obama.
O grupo, autodenominado "Conselho Shura Mujahedin de Jerusalém", acusado por Israel de ser ligado à Jihad global, disse em comunicado enviado à imprensa que o disparo dos foguetes contra o Estado judeu "é uma resposta dos soldados de Osama bin Laden à visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama".
"Dizemos a você (Obama) que nunca desfrutará de segurança até que nós a tenhamos como uma realidade em todos os países muçulmanos", reza a nota, antes de acrescentar que o "mensagem de disparar foguetes é para dizer que a Jihad (Guerra Santa) nunca cessará".
Segundo informou o exército israelense, quatro foguetes foram lançados nesta manhã contra o oeste de Israel, poucas horas antes da visita prevista de Obama a Ramala, onde se encontrou com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Os alarmes soaram em quatro localidades do sul de Israel às 7h15 locais (2h15 de Brasília) e pouco depois dois foguetes fizeram impacto em território israelense, informaram fontes da polícia.
Um dos projéteis caiu no jardim de uma casa na cidade de Sderot, a pouco mais de um quilômetro da fronteira, e, o segundo, em uma zona desabitada do conselho regional Shaar Hanegev, em ambos os casos sem causar vítimas.
O ataque é a segunda violação das milícias de uma trégua que pôs fim em novembro à operação israelense "Pilar Defensivo" e o lançamento de foguetes de Gaza, em um confronto no qual morreram 177 palestinos e seis israelenses.