O presidente Barack Obama durante encontro na Casa Branca com prefeitos eleitos recentemente (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2013 às 08h40.
Washington - O grupo de estudo encarregado de investigar as práticas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos reveladas pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden entregou seu relatório ao presidente Barack Obama nesta sexta-feira, informou a Casa Branca.
O documento traz mais de 40 recomendações que a presidência americana examinará, explicou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC) Caitlin Hayden, acrescentando que Obama fará um discurso em janeiro sobre a regulação dos programas de vigilância.
Segundo a imprensa americana, o relatório do grupo - integrado por cinco pessoas - recomenda que os programas de vigilância da NSA sejam mantidos, mas observando medidas de proteção da privacidade.
O jornal The New York Times informou que uma das recomendações consiste em divulgar novas medidas de proteção para os residentes estrangeiros quando suas conversas telefônicas ou pela Internet forem monitoradas pela NSA.
Wall Street Journal revela que as informações procedentes do monitoramento em massa de comunicações telefônicas seriam conservadas pelas operadoras, e não mais pela NSA.
A agência de Inteligência afirma que utiliza apenas uma pequena parte das informações obtidas, e em circunstâncias muito precisas.
Outra medida recomendada seria a supervisão direta da Casa Branca sobre a lista dos líderes estrangeiros cujas comunicações são vigiadas, uma consequência direta do escândalo diplomático provocado pela revelação dos "grampos" contra a presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Merkel.
As medidas reveladas pela imprensa não satisfazem as organizações de defesa das liberdades individuais, que têm protestado contra os programas de vigilância da NSA revelados por Snowden, atualmente refugiado na Rússia.
"Tudo o que não acabe com a vigilância em massa, sem suspeita, contra os cidadãos americanos não é aceitável", afirmou a União Americana de Defesa das Liberdades Civis (ACLU, sigla em inglês).