Trump: "É uma tentativa de uma intervenção política", disse um representante (Andrew Harrer-Pool/Reuters)
AFP
Publicado em 19 de julho de 2017 às 22h12.
Duas dúzias de democratas do Congresso lançaram uma moção de desconfiança contra Donald Trump, um ato que não é vinculante politicamente, mas que explicita o rancor inspirado pelo presidente americano.
"É uma tentativa de uma intervenção política", disse o representante Steve Cohen aos jornalistas, ao anunciar a moção que questiona as capacidades de Trump como presidente.
O Congresso só pode destituir um presidente através de um "impeachment", motivo pelo qual uma moção de desconfiança não é vinculante.
Com este gesto, os democratas pretendem enviar uma mensagem de frustração ante a um líder que se nega a apresentar seu imposto de renda, que agrediu verbalmente mulheres e a imprensa, que tirou os Estados Unidos de um acordo climático essencial e que coloca em dúvida a utilidade das alianças tradicionais.
Cohen disse que a resolução detalha "os erros e as ações que fizeram que as pessoas tenham pouca confiança nele e na direção que ele dá ao país".
As moções de desconfiança no Congresso são pouco habituais.
Em 2007, o Senado considerou uma moção de desconfiança contra o procurador-geral da era Bush, Alberto Gonzalez, mas esta não avançou.
No início deste mês um congressista democrata se tornou o primeiro legislador americano a apresentar formalmente uma moção de "impeachment" contra Trump, mas ela foi formalmente ignorada pela maioria republicana.