Segundo Frattini, o fundo será destinado aos rebeldes líbios do Conselho de Transição (Jacquelyn Martin/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2011 às 12h08.
Roma - O ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, anunciou nesta quinta-feira, ao término da reunião do Grupo de Contato para a Líbia, em Roma, que foram arrecadados 250 milhões de dólares para ajuda humanitária na Líbia ante o grave conflito interno.
"Temos destinados para a ajuda humanitária um fundo de cerca de 250 milhões de dólares graças à generosidade de inúmeros países", declarou o chanceler italiano durante o encerramento da reuniõ.
O anúncio foi feito um dia depois que um barco com ajuda humanitária da Organização Internacional para Imigrações (OIM) conseguiu atracar no porto líbio de Misrata, cidade que se encontra sob sítio há dois meses pelas forças governamentais de Muammar Kadafi.
Inúmeras organizações humanitárias pedem há dias que se facilite a retirada tanto por mar como por terra dos milhares de feridos assim como de imigrantes que se encontram bloqueados em Misrata.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores italiano convidou os países aliados de Roma a reconhecer o CNT, órgão político dos insurgentes líbios.
Em entrevista conjunta com Frattini, Hillary disse, ainda, que a batalha contra o terrorismo não termina com a morte de Bin Laden.
"Não esquecemos que a batalha para conter a Al-Qaeda e seus aliados não termina com sua morte", declarou Hillary.
A chefe da diplomacia americana reconheceu, no entanto, que a morte de Bin Laden constitui "uma mensagem inequívoca da firme determinação da comunidade internacional de opor-se ao terrorismo".
A morte do inimigo número um dos Estados Unidos em uma ação espetacular em uma operação em pleno território do Paquistão é um dos principais triunfos da administração de Barack Obama desde que chegou à Casa Branca em 2008.
A reunião do Grupo de Contato conta com a presença de 22 países e seis organizações internacionais ou regionais, entre elas a Organização da Conferência Islâmica, assim como observadores da União Africana e do Banco Mundial.
Entre as personalidades presentes estão a secretária de Estado americana Hillary Clinton, o ministro inglês das Relações Exteriores, William Hague, e o chanceler francês Alain Juppé.
O Grupo de Contato é integrado, entre outros, por Estados Unidos, Grã-Bretanha, Jordânia e Marrocos, além da ONU, Liga Árabe e a Otan.