Mundo

Grupo cubano denuncia 6.424 detenções políticas em 2013

Comissão Cubana denunciou que durante 2013 ocorreram na ilha 6.424 detenções arbitrárias de curta duração por motivos políticos


	Cuba: este é um dos números mais altos dos últimos quatro anos 
 (Arquivo/AFP)

Cuba: este é um dos números mais altos dos últimos quatro anos  (Arquivo/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 13h24.

Havana - A opositora Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) denunciou nesta segunda-feira que durante 2013 ocorreram na ilha 6.424 detenções arbitrárias de curta duração por motivos políticos, um dos números mais altos dos últimos quatro anos segundo registros do grupo.

O relatório mensal realizado pela CCDHRN indicou uma "tendência notória de aumento da repressão política ao longo de 2013 e nos últimos quatro anos".

Segundo estatísticas do organismo, em 2010 ocorreram 2.074 casos similares, enquanto em 2011 esse número subiu para 4.123 e em 2012 foi de 6.602.

Em 2013, o mês de dezembro foi o de maior repressão contra dissidentes ao serem registrados 1.123 detenções arbitrárias de curta duração, de acordo com a comissão.

O grupo denunciou que neste mesmo mês 179 dissidentes cubanos foram "agredidos fisicamente", 153 sofreram "atos de repúdio" e 153 foram vítimas de "outras formas de fustigação" como "ações de vandalismo" em seus lares.

O relatório assinado pelo ativista Elizardo Sánchez, porta-voz da CCDHRN, considera que apesar de que quase todas essas ações duraram apenas horas ou dias, os casos "servem para ilustrar, de maneira eloquente, a inaceitável situação de repressão política e de violação em massa de todos os direitos civis" em Cuba.

O governo cubano considera os dissidentes "contra-revolucionários" e mercenários ao serviço dos Estados Unidos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCubaDireitos civisPolítica

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA