Mundo

Greve na África do Sul atinge maiores produtores de platina

Sindicato de mineiros da África do Sul deu início a uma greve por um forte aumento de salários que o empregadores alegam não ter como pagar


	Mineração de platina na Africa do Sul: greve afetou as minas em três locais --Rustenburg, Union e Amandelbul--, onde faltas foram registradas
 (Bloomberg)

Mineração de platina na Africa do Sul: greve afetou as minas em três locais --Rustenburg, Union e Amandelbul--, onde faltas foram registradas (Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 09h54.

Rustenburg - Minas responsáveis por metade da produção mundial de platina pararam nesta quinta-feira, quando o sindicato de mineiros da África do Sul deu início a uma greve por um forte aumento de salários que o empregadores alegam não ter como pagar.

Membros da Associação de Mineiros e Sindicato da Construção (AMCU, na sigla em inglês), principal sindicato do setor, cruzaram os braços em unidades da Anglo American Platinum, Impala Platinum e Lonmin, as três principais produtoras do metal usado sobretudo nos conversores catalíticos dos carros.

Os diretores-executivos das três companhias disseram que as demandas salariais são "irreais e impagáveis" e avisaram que a indústria pode amargar mais prejuízos de produção e a perda de postos de trabalho.

A Amplats afirmou que a greve afetou as minas em três locais --Rustenburg, Union e Amandelbul--, onde faltas foram registradas. Todos os processos operacionais eram conduzidos normalmente, disse.

A Implats fechou as suas minas, unidades de processamento e fundição em Rustenburg, a noroeste de Johanesburgo, na quarta-feira, antes da greve, para garantir a segurança de seus empregados.

O AMCU, cuja proeminência nos últimos dois anos tem agitado as relações trabalhistas na indústria de mineração, possui ao menos 100 mil membros no cinturão da platina, 120 km a noroeste de Johanesburgo.

Não ficou claro se todos os membros da AMCU atenderam ao chamado de greve, mas dezenas de grevistas se reuniram em frente a algumas minas nesta quinta-feira.

"Somos pagos com migalhas. E o custo de vida está muito alto", disse um dos grevistas em uma mina da Amplats.

"Se eles não atenderem a nossas demandas, vamos continuar fazendo greve." O AMCU pede mais do que uma duplicação do salário-base à Amplats e à Lonmin e aumentos menores, mas ainda altos, à Implats. As empresas oferecem aumentos entre 7,5 e 8,5 por cento, acima da taxa de inflação de 5,4 por cento.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulGrevesIndústriaMineraçãoSindicatos

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições