O governo garantiu que manterá a segurança do parque e impedirá a presença de caçadores (Roberto Schmidt/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2012 às 14h08.
Johanesburgo - A instituição Parques Naturais da África do Sul (SANPARKS) garantiu nesta sexta-feira a segurança dos rinocerontes no Parque Kruger, o maior do país e um dos mais afetados pela caça ilegal, apesar da greve de 361 empregados da reserva natural.
Em declarações à emissora sul-africana 'Talk Radio', o porta-voz da SANPARKS, William Mabasa, afirmou que seu departamento irá fazer 'tudo o que for necessário para que a proteção da fauna no parque seja a mesma que havia antes da greve'.
O Governo sul-africano enviou policiais, soldados e guardas para suprir os 361 empregados, que começaram nesta sexta-feira uma greve para reivindicar aumentos salariais.
O Parque Kruger é o espaço protegido mais afetado pela caça clandestina de rinocerontes, que no ano passado abateu o número recorde de 443 animais, superando os 333 de 2010.
Os rinocerontes correm sério risco de extinção devido à caça ilegal para a obtenção de seus chifres, que é comercializado na Ásia por causa de suas supostas propriedades medicinais.
A polícia sul-africana prendeu 232 caçadores ilegais e 26 morreram em confrontos com os agentes no ano passado.
Nesta sexta-feira, um tribunal da África do Sul condenou a 35 anos de prisão cada um dos três caçadores ilegais de rinocerontes, a maior condenação até o momento por este tipo de crime no país.