Coreia do Sul: Esta é a primeira greve importante desde a posse do presidente Yoon Suk-yeol, um conservador pró-empresas que prometeu linha dura nos conflitos trabalhistas (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 14 de junho de 2022 às 07h21.
As cadeias mundiais de suprimentos, afetadas pela guerra na Ucrânia e os confinamentos na China, foram novamente prejudicadas na última semana por uma greve de caminhoneiros na Coreia do Sul.
A paralisação, um protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis, começou há oito dias e perturbou a produção e o transporte nos setores siderúrgico, petroquímico e de automóveis.
O ministério do Comércio calcula as perdas em 1,6 trilhão de wons (1,2 bilhão de euros).
A greve representa um desafio a mais para as cadeias de suprimentos, afetadas pelos prolongados confinamentos na China e pela guerra na Ucrânia.
A Coreia do Sul é o maior exportador mundial de chips de memória e é a sede do grupo de semicondutores Samsung Electronics, assim como de empresas importantes do setor automobilístico, incluindo Kia e Hyundai Motors.
Os caminhoneiros interromperam suas atividades nos portos e fábricas da quarta maior economia da Ásia para protestar contra o fim do salário mínimo e o aumento dos custos.
Esta é a primeira greve importante desde a posse do presidente Yoon Suk-yeol, um conservador pró-empresas que prometeu linha dura nos conflitos trabalhistas.
Em uma reunião de gabinete nesta terça-feira, o primeiro-ministro Han Duck-soo pediu o fim das greves e disse que as paralisações podem representar um "golpe muito duro" para a economia do país, que é orientada para a exportação. "Isto tudo está provocando grande dano à rede logística", afirmou.
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