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Greenpeace protesta contra termelétrica de Eike no Chile

A termelétrica pretende gerar 2.100 MW à base de carvão, mais 254 MW em usinas adjuntas com combustão de combustível diesel

Ativistas do Greenpeace queimam símbolo químico do dióxido de carbono, em protesto na usina geradora de energia em Klingenberg, em Berlim (AFP/Arquivo / Theo Heimann)

Ativistas do Greenpeace queimam símbolo químico do dióxido de carbono, em protesto na usina geradora de energia em Klingenberg, em Berlim (AFP/Arquivo / Theo Heimann)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 21h12.

Santiago - Ativistas do Greenpeace desfraldaram, nesta segunda-feira, uma enorme faixa no edifício corporativo, em Santiago, da empresa MPX, de propriedade de Eike Bastista, contra a construção, no norte do Chile, da central termelétrica Castilla, a maior do tipo na América do Sul.

"Estamos aqui, após tomar conhecimento do sentimento das comunidades afetadas, para dizer que não precisamos deste projeto no Chile e que a destruição de praias e ecossistemas costeiros de alto valor na Terceira Região é desnecessária", disse Matías Asún, porta-voz do Greenpeace no Chile, em um comunicado.

Os ativistas se penduraram no teto do edifício, localizado no exclusivo bairro de Las Condes, e estenderam a faixa amarela, onde se podia ler palavras de ordem como "Castilla é ilegal" e "O carvão mata".

A central Castilla, empreendimento da empresa MPX, ficará 80 km ao sul da cidade de Copiapó (800 km ao norte de Santiago), com um investimento de 4,4 bilhões de dólares.


A termelétrica pretende gerar 2.100 MW à base de carvão, mais 254 MW em usinas adjuntas com combustão de combustível diesel.

Segundo grupos ambientalistas, Castilla ameaça a extraordinária biodiversidade do setor de Punta Cachos, que abriga colônias de tartaturas marinhas, populações de pinguins e lobos marinhos, entre outros.

Em março, a Corte de Apelações da cidade de Antofagasta (norte) tornou sem efeito a autorização ambiental para a construção da usina, depois de acolher um recurso de proteção de moradores da região onde se situará Castilla que rejeitam o projeto porque contaminaria o meio ambiente.

O projeto está pendente de ser resolvido na terceira sala da Corte Suprema do Chile.

Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu favoravelmente a um recurso de proteção de ecologistas e moradores de Aysén, na Patagônia chilena, e paralisou a construção da hidrelétrica Río Cuervo, de capital australiano.

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