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Greenpeace compara Primavera Árabe com movimento Occupy

Segundo a organização, os dois movimentos são frutos da mesma 'frustração'

'Estamos ignorando a energia e a alienação do povo' disse o Greenpeace sobre os movimentos (Getty Images)

'Estamos ignorando a energia e a alienação do povo' disse o Greenpeace sobre os movimentos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2012 às 16h35.

Munique, Alemanha - O presidente-executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, afirmou nesta sexta-feira que as revoltas da Primavera Árabe e os protestos do Occupy Wall Street e dos Indignados na Espanha são exemplos de uma mesma 'frustração'.

Em seu discurso na Conferência de Segurança de Munique, que discute política externa e de defesa, Naidoo comparou a raiz destes movimentos sociais e advertiu que os 'níveis de frustração estão se tornando cada vez mais sérios' no mundo todo.

'Estamos ignorando a energia e a alienação do povo', ressaltou o diretor-executivo da organização ambientalista, ressaltando que a palavra comum de todas estas iniciativas populares é 'Basta!'.

Em seguida, pediu o 'redesenho' do sistema econômico, político e social internacional, e para não 'recuperar' o atual, que é afetado por uma série de 'crises' simultâneas de caráter demográfico, financeiro, alimentício, energético e climático.

'Devemos enfrentar a questão da catastrófica mudança climática', acrescentou Naidoo.

Por outro lado, o ambientalista se mostrou otimista e ressaltou que se a comunidade internacional mostrar determinação pode construir um novo mundo, 'mais equilibrado', com 'menos diferenças' entre ricos e pobres e onde as energias limpas substituam progressivamente as 'sujas' energias fósseis.

'Poderíamos gerar milhões de novos empregos se investíssemos seriamente em energias limpas', assegurou.

A conferência, uma iniciativa privada com 48 anos de trajetória, vai reunir dezenas de ministros, militares, empresários e analistas de mais de 70 países até domingo.

Os debates desta edição se centrarão no programa nuclear iraniano, a revolução síria, o conflito entre israelenses e palestinos, a segurança energética, a posição da Europa no cenário internacional no contexto da crise e o crescimento da Ásia impulsionada pela China.

O evento reuniu este ano, entre outros, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton; o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick; o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, e os ministros de Exteriores de França, Alain Juppé; Alemanha, Guido Westerwelle; Rússia, Sergei Lavrov, e Espanha, José Manuel García-Margallo. 

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