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Grécia completa 19 dias de protestos e sindicato promete greve

Mais de 20 mil pessoas protestaram em Atenas neste domingo, contra medidas de austeridade do governo

Multidão de pessoas protestam em frente ao Parlamento, gritando "Ladrões! Ladrões! Ladrões!" (Pascal Rossignol/Reuters)

Multidão de pessoas protestam em frente ao Parlamento, gritando "Ladrões! Ladrões! Ladrões!" (Pascal Rossignol/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2011 às 17h34.

Atenas - Mais de 20 mil gregos protestaram neste domingo em Atenas contra o novo plano de austeridade do governo, e trabalhadores da estatal de energia PPC anunciaram uma greve contra a proposta de privatização da empresa.

No 19o dia seguido de protestos contra as medidas de austeridade que o governo socialista espera aprovar neste mês, os manifestantes se concentraram em frente ao Parlamento, gritando "Ladrões! Ladrões! Ladrões!".

A Grécia não conseguiu cumprir as metas fiscais previstas no pacote de resgate de 160 bilhões de dólares da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo, por isso, quer agora aumentar ainda mais os impostos e cortar mais gastos.

O plano prevê a venda de bens do Estado no valor de 50 bilhões de euros. O principal deles é a empresa de energia PPC. No entanto, sindicalistas, partidos de oposição e parlamentares da própria base do governo são contra a privatização de estatais.

"Somos contra a venda do país. Não fecharemos os nossos olhos", disse o sindicato dos trabalhadores da PPC no sábado. "O sindicato decidiu iniciar uma greve de 48 horas na segunda, dia 20."

O novo plano de austeridade inclui um corte extra de 6,4 bilhões de euros para este ano, quase que dobrando o antes acordado. No primeiro trimestre, a economia da Grécia contraiu 5,5 por cento. O desemprego passa dos 16 por cento.

O governo pensa em iniciar as discussões sobre o plano neste semana no Parlamento e aprová-lo no fim do mês.

Os manifestantes se dizem frustrados com quem chamam de políticos corruptos que se recusam a ir em cima dos ricos que sonegam impostos e tentam resolver o problema fiscal penalizando os mais pobres.

Sindicatos representantes de milhares de trabalhadores privados e públicos planejam um greve geral no país para a quarta, dia 15.

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