De acordo com a imprensa grega, está sendo feito um novo plano de ajuste, que inclui a redução do setor público, que deve se contrair em 50% até 2015 (Louisa Gouliamaki/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2011 às 16h44.
Atenas - O Governo da Grécia anunciou neste domingo, após reunião de urgência com o conselho de ministros, que acelerará as reformas para poder continuar recebendo a ajuda internacional e evitar a quebra do país.
O ministro das Finanças, Vangelis Venizelos, disse que seu país deve adotar três decisões estratégicas: alcançar as metas fiscais de 2011 e 2012, conseguir um superávit primário e avançar com as reformas estruturais.
"A Grécia assume sua responsabilidade para cumprir com sua palavra, mas os parceiros também devem cumprir com as promessas deles, e isto inclui países grandes da Europa", afirmou o ministro durante entrevista coletiva em Atenas.
A reunião do conselho de ministros durou quatro horas. Após o encontro, Venizelos acrescentou que a Grécia deve se transformar em um país produtivo e reduzir em 10% seu elevado déficit fiscal.
Sobre as declarações do líder da oposição conservadora, Antonis Samaras, que pediu eleições antecipadas na Grécia, Venizelos afirmou que "ninguém deve continuar divulgando rumores sobre o país".
Nesta segunda, Venizelos deve fazer uma teleconferência com os representantes dos credores, Poul Thomsen, do Fundo Monetário Internacional, Mathias Mors da União Europeia, e Claus Masuch do Banco Central Europeu (BCE).
A liberação da sexta parcela do resgate de 8 bilhões de euros que a Grécia espera para pagar funcionários públicos e pensionistas depende da avaliação das instituições credoras.
De acordo com a imprensa grega, está sendo feito um novo plano de ajuste, que inclui a redução do setor público, que deve se contrair em 50% até 2015, o fechamento ou fusão de empresas estatais, e reduções de salários da previdência.
Venizelos informou que as medidas serão anunciadas nos próximos dias, após consultas aos parceiros na teleconferência e realização de uma reunião com a comissão ministerial.
No centro das medidas mais imediatas está o imposto imobiliário, anunciado já esta semana e que deve abonar todos os proprietários de bens imóveis.
Como resposta a estas novas medidas de austeridade, a Confederação de Funcionários Públicos (Adedy) convocou uma greve geral do setor público durante 24 horas no dia 6 de outubro, e outras jornadas de protestos com sindicatos do setor privado.
Além disso, os controladores aéreos anunciaram uma paralisação de 24 horas para o dia 25 de setembro e outra de quatro horas no dia 28, em protesto contra os cortes salariais.