Ilha de Rhodes é um dos locais postos à venda pelo governo grego. (Wikimedia Commons)
Diogo Max
Publicado em 25 de junho de 2010 às 08h42.
São Paulo - A Grécia decidiu que vai vender algumas de suas seis mil ilhas paradisíacas nos mares Mediterrâneo, Jônico e Egeu. A medida é vista como uma tentativa desesperada do governo do país em pagar suas dívidas, que foram contraídas recentemente com a União Europeia e o FMI.
De acordo com notícia publicada nesta sexta-feira pelo jornal inglês The Guardian, entre as ilhas a serem vendidas, está uma porção localizada na área de Mykonos - um dos destinos mais disputados pelos turistas de todo o mundo.
Lá , o governo, que tem um terço do local, pretende encontrar um comprador que injete capital para desenvolver um luxuoso complexo turístico.
A ilha grega de Rhodes também não está fora do pacote, oferecido principalmente a investidores chineses e russos. E, entre os potenciais compradores, está o bilionário Roman Abramovich, dono do clube inglês Chelsea.
A ideia é criar um destino turístico no lugar, para que os europeus possam passar um feriado em um grande complexo turístico. Assessores ligados a Abramovich negam que o empresário tenha interesse na compra da ilha.
Para se ter uma ideia dos valores, o Guardian traz estimativas de um site especializado que informa que a ilha de Nafsika, com 1,2 mil hectares, está a venda por 15 milhões de euros. Mas, como a maioria das ilhas tem tamanho menor, o preço médio gira em torno dos 2 milhões de euros.
A decisão pela venda das ensolaradas ilhas gregas foi tomada depois que o governo aceitou o empréstimo de 110 bilhões de euros, concedido pela União Europeia e pelo FMI no mês passado. A venda de uma ilha - ou mesmo o empréstimo a longo prazo - ajudaria a guardar dinheiro nos cofres públicos.
Apenas 227 ilhas gregas são povoadas. As críticas em torno das vendas mostram uma inabilidade do Estado grego em desenvolver uma infraestrutura e traçar políticas públicas para a maioria dos locais.
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