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Primeiro acordo de resgate foi um erro, diz premiê grego

Antonis Samaras disse que acordo foi um erro e causou muitas injustiças, especialmente entre as classes média e baixa da população

Primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, durante conferência de imprensa no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (Christian Hartmann/Reuters)

Primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, durante conferência de imprensa no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (Christian Hartmann/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 18h05.

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, disse que o primeiro acordo de resgate assinado pelo governo anterior foi um erro e causou muitas injustiças, especialmente entre as classes média e baixa da população. "Eu estou dizendo e vocês sabem que é verdade. Os níveis eram inatingíveis", comentou o primeiro-ministro em um jantar na Câmara de Comércio Heleno-Germânica.

Samaras disse que seu governo conseguiu alcançar e ultrapassar as metas fiscais necessárias e agora estaria pronto para iniciar uma política social para corrigir as injustiças do primeiro acordo de resgate.

"De acordo com uma decisão do Eurogrupo de novembro de 2012, 70% do superávit primário pode ser usado para fins de políticas sociais", disse Samaras, reiterando que em abril a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, irá confirmar o superávit primário da Grécia, que poderá exceder 800 milhões de euros.

O primeiro-ministro grego está determinado a prosseguir com uma política social, apesar do fato de que a troica - formada pela Comissão Europeia e o Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - insistir que tal medida é prematura.

As declarações do primeiro-ministro grego foram feitas poucos dias após a Market News International informar que a Grécia precisa reformular seu plano fiscal de 2014 e definir a exata medida do seu déficit fiscal em 2015 antes de buscar novas parcelas de empréstimo.

Na sexta-feira, um funcionário do Ministério das Finanças grego confirmou a informação. Segundo o funcionário, o governo enviou à troica informações adicionais e atualizou o plano fiscal, mas ainda assim, "diferenças e desacordos continuam". Fonte: Market News International.

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