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Grécia negocia oficialmente redução de dívida

Para desbloquear o plano de ajuda, UE e FMI exigiram aos três partidos que apoiam Lucas Papademos que se comprometessem por escrito a seguir uma política de austeridade

O governo de Papademos iniciou de maneira "oficial" as negociações para cancelar 50% da dívida pública em mãos de credores privados
 (Daniel Roland/AFP)

O governo de Papademos iniciou de maneira "oficial" as negociações para cancelar 50% da dívida pública em mãos de credores privados (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 09h25.

Atenas - A Grécia iniciou oficialmente as negociações com seus credores privados para reduzir sua dívida pública, enquanto a Eurozona pressiona para que o país continue aplicando as medidas de rigor previstas, indicou nesta quarta-feira o ministério grego das Finanças.

O ministério destacou que a Eurozona, que na terça-feira acordou um desembolso de 8 bilhões de euros para a Grécia, buscará melhorar "qualquer dúvida" sobre o compromisso deste país com as medidas de rigor impostas em troca deste apoio.

Para desbloquear esta soma, que forma parte de um primeiro plano de resgate de 110 bilhões, os credores da Grécia (UE e FMI) exigiram aos três partidos que apoiam o atual governo de Lucas Papademos que se comprometessem por escrito a seguir aplicando uma política de austeridade, independentemente do resultado das eleições legislativas previstas para 2012.

O chefe dos ministros das Finanças da Eurozona, Jean-Claude Juncker, escreverá aos líderes destes três partidos (socialistas, direita e ultradireita) para "se manifestar com toda clareza que o compromisso da Grécia envolve o programa em curso e o seguinte" que o país deverá aplicar em troca de um segundo plano de ajuda acordado em outubro, disse o ministério das Finanças grego.

O governo de Papademos iniciou na segunda-feira em Bruxelas de maneira "oficial" as negociações para cancelar 50% da dívida pública grega em mãos de credores privados, ou seja, 100 bilhões de euros, de um total de mais de 350 bilhões.

Nas negociações participam Grécia e a organização bancária internacional (IIF), assim como os ministros das Finanças da Eurozona, a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e o fundo europeu de resgate (FEEF), segundo o ministério.

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