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Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 13h03.
Atenas - O governo da Grécia classificou nesta terça-feira de 'equilibrado, prático e positivo' o relatório publicado pelos inspetores da 'tríade internacional' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional) que supervisiona o programa de reformas e de ajustes desse país.
Em comunicado, o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, especificou que, além de receber o sexto lance de 8 bilhões de euros da ajuda internacional, é preciso aplicar um novo programa que dê uma resposta definitiva sobre a solvência da dívida pública.
Grécia está à espera de na próxima cúpula europeia, em 23 de outubro, ser ratificado o acordo de 21 de julho sobre novo pacote de resgate para o endividado país.
Venizelos aceitou as observações da missão internacional sobre o atraso da Grécia na hora de aplicar as reformas e medidas.
'Estamos obrigados, para o bem das pessoas, a cobrir os atrasos nas reformas estruturais para alcançar as metas para 2012 e alcançar um superávit primário', assinalou Venizelos.
O governo teve de revisar suas previsões para o déficit, que neste ano será de 8,5% ao invés de 7,6% pactuado inicialmente com a missão internacional.
A própria missão assinalou nesta terça-feira em comunicado emitido em Bruxelas que 'uma vez o eurogrupo e o comitê executivo do FMI tenham aprovado as conclusões da quinta revisão estará disponível o lance de 8 bilhões de euros, provavelmente no início de novembro'.
O projeto de lei que deve de ser aprovado pelo Parlamento grego no fim de outubro para permitir a implementação de novas medidas de austeridade, como cortes de salários e pensões, mais impostos e demissões de funcionários, é rejeitado pela oposição e alguns deputados do partido do governo.
Em reunião nesta terça-feira entre Venizelos e o comitê de finanças do partido governante socialista Pasok, vários deputados desta formação se negaram a aprovar parte das medidas.
'Se vocês consideram que este governo é incapaz, então, terminem com ele', advertiu Venizelos aos seus correligionários. Nenhum dos dissidentes declarou que votará contra do projeto de lei.