A greve coincide com protestos de outros trabalhadores do setor público afetados pelos cortes do governo (Pascal Rossignol/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2011 às 09h48.
Atenas - A capital da Grécia é atingida hoje por uma nova greve de 24 horas no setor de transportes. É a mais recente de uma série de paralisações dos trabalhadores, insatisfeitos com os planos do governo de cortar salários e empregos no setor público.
A greve afetou todos os ônibus, trens metropolitanos e trólebus na grande Atenas, onde vive quase metade da população grega. Houve grandes congestionamentos na hora do rush da manhã, enquanto muitos lutavam para chegar ao trabalho.
"Nós estamos respondendo às políticas neoliberais do governo", afirmou o sindicato dos trabalhadores da companhia ferroviária de Atenas, ISAP, em comunicado. "Eles estão acabando com nossa capacidade de trabalhar, levando-nos de volta à Idade Média."
A greve coincide com protestos de outros trabalhadores do setor público afetados pelos cortes do governo, prometidos pela Grécia em troca de mais ajuda internacional para suas finanças em dificuldade.
Um protesto separado de trabalhadores municipais em Atenas entra agora em sua segunda semana, com empregados bloqueando o principal lixão da cidade e os depósitos onde ficam caminhões de lixo. Segundo algumas estimativas, cerca de 20 mil toneladas de lixo não foram recolhidas nas ruas de Atenas por causa desse protesto.
Trabalhadores do serviço de água e esgoto de Atenas planejavam paralisações nos escritórios da empresa. Outros trabalhadores de empresas estatais também ameaçavam cruzar os braços.
Funcionários dos centros de detenção fazem uma greve de 24 horas, e os funcionários dos serviços de ambulância convocaram uma paralisação de quatro horas. Os controladores do tráfego aéreo continuam a realizar uma campanha para fazer apenas o mínimo previsto em seus contratos, o que levou ao cancelamento de dezenas de voos.
Pressionado por credores internacionais, o governo da Grécia enviou na semana passada ao Parlamento um plano para cortar os salários e as pensões do funcionalismo público e empregos, deixando 30 mil dos 700 mil funcionários públicos em uma reserva de trabalho especial.As informações são da Dow Jones.