Atenas - O ministro de Marina Mercante da Grécia, Miltiades Varvitsiotis, anunciou nesta segunda-feira que a apreensão de 2 toneladas de heroína no país pode ter sido a maior da Europa e não descartou que a operação policial em andamento gere novas detenções.

"Tocamos um dos maiores carregamentos de heroína de todo o continente", declarou à emissora de rádio local "Vima FM" Varvitsiotis, que ressaltou que a polícia segue em busca de mais drogas.

A Guarda litorânea grega apreendeu ontem uma tonelada de heroína em um armazém de Koropi, nos arredores de Atenas, em uma operação policial que terminou com 14 detidos.

Essa operação veio à tona apenas dez dias depois dos agentes terem confiscado, também em Koropi, outra tonelada desta droga e detido 11 pessoas.

Nesta última apreensão, a heroína estava armazenada em sacos de plástico de 2,5 quilos, os quais pareciam sacos de pó de mármore.

O titular de Marina Mercante indicou que novas detenções podem ocorrer "dentro e fora da Grécia", já que a investigação continua em andamento, e elogiou o profissionalismo dos agentes da guarda-costeira que coordenaram a operação "sem disparar uma bala".

Varvitsiotis precisou que entre os 14 detidos ontem há dois gregos (um homem e uma mulher), um iraniano e 11 indianos que faziam parte da tripulação da embarcação "Noor One", que, com bandeira do Togo, transportava a droga e que agora se encontra ancorado no porto de Elefsina, a cerca de 20 quilômetros de Atenas.

Segundo as últimas informações, a droga teria vindo de Omã e Paquistão e teria como destino final o mercado do centro e do norte da Europa.

Os detidos devem comparecer perante o juiz entre amanhã e na quarta-feira, depois que ontem um juíz do Pireo (Atenas) apresentou as acusações de tráfico de droga e formação de quadrilha.

Há menos de dez dias a Guarda Costeira grega, com o apoio do Departamento Americano Antidrogas (DEA), apreendeu uma tonelada de heroína em outro armazém de Koropi, onde os agentes também apreenderam seis carros de luxo, uma pistola, um carregador com munição e mais de 6 mil euros em metal.

A Grécia é uma das rotas de entrada da heroína que provém da Ásia Central na Europa, justamente após atravessar o Irã e a Turquia.