A Grécia realiza emissões todos os meses a curto prazo (a três e seis meses) (Louisa Gouliamaki/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2012 às 15h25.
A Grécia espera lançar "antes de 17 de fevereiro" a oferta pública a seus credores privados para a reestruturação de sua dívida, ou do contrário ficará exposta à quebra, disse neste domingo ante o parlamento o ministro de Finanças grego, Evangelos Venizelos.
"Antes do domingo à noite, o parlamento deve ter adotado o novo programa de austeridade" ditado pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para que o país possa receber o visto positivo do Eurogrupo na quarta-feira para o desbloqueio do segundo plano de resgate, afirmou o ministro no início do debate parlamentar sobre este plano de medidas.
"Caso isso não aconteça antes de 17 de fevereiro, não poderemos lançar oficialmente a operação de troca de títulos" para que haja o perdão de 100 bilhões da dívida grega. "E não poderemos solucionar o problema do reembolso das obrigações que serão finalizadas entre 14 e 20 de março", em um montante total de 14,5 bilhões de euros, completou.
O descumprimento dos prazos e a consequente quebra do país geraria uma Grécia sem sistema bancário, afirmou Venizelos com a voz tensa antes de ser interrompido pelas vaias da oposição comunista, a qual o ministro acusou de levar o país à "catástrofe".
O parlamento, onde o governo de coalizão socialista-conservador de Lucas Papademos dispõe de uma teórica maioria de 236 votos sobre 300, deve votar até às 22H00 GMT (20H00 de Brasília) um texto crucial sobre medidas de austeridade e regulamentações.