Antes da maior quantia, os 8 bilhões de euros são necessários para que os mercados internacionais recuperem a confiança em que a Grécia não quebrará (Jamie McDonald/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2011 às 07h05.
Atenas - As autoridades gregas continuam nesta terça-feira os contatos com seus parceiros europeus para obter a entrega do sexto lance de ajuda externa, no valor de 8 bilhões de euros, e o sinal verde para um segundo resgate de 160 bilhões de euros.
Em meio a fortes rumores sobre uma muito provável quebra da Grécia, o ministro das Finanças deste país, Vangelis Venizelos, falou na noite de ontem com seu colega alemão, Wolfgang Schäuble, segundo informou o Ministério grego em comunicado.
A nota não especifica qual foi o conteúdo da conversa, mas acrescenta que Venizelos voltará a ligar para seu colega para "tratar dos eventos na Grécia, na zona do euro e na União Europeia (UE)".
Por outro lado, Venizelos receberá hoje o enviado da Comissão Europeia no grupo de trabalho (Task Force) para a Grécia, Horst Reichenbach, que tem como missão observar a implementação do programa de austeridade grego.
Os chefes do grupo que estuda no terreno a evolução da economia grega e as políticas do Governo a esse respeito chegarão a Atenas provavelmente na próxima segunda-feira para elaborar um relatório que deverá abrir as portas para o sexto lance de ajuda.
Fazem parte deste grupo, técnicos da UE, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os 8 bilhões de euros são necessários para que os mercados internacionais recuperem a confiança em que a Grécia não quebrará, depois do pânico provocado ontem pelas declarações do secretário de Estado de Finanças, Filipos Sajinidis, que anunciou que o país tem dinheiro para pagar salários e aposentadorias apenas até outubro.
O primeiro-ministro grego, George Papandreou, deve reunir-se em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU que hoje inicia seu 66º período de sessões, com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
Papandreou reiterou ontem no Parlamento grego seu compromisso para o cumprimento de um programa de cortes e privatizações para arrecadar 78 bilhões de euros até 2015, condição requerida para receber o segundo grande resgate por parte dos países da zona do euro, do FMI e dos bancos privados.