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Grã-Bretanha prepara plano em caso de quebra da BP

Segundo o jornal britânico The Times, governo do premiê David Cameron poderia intervir na petroleira para evitar a falência

Barcos tentam conter petróleo derramado após explosão e naufrágio da plataforma Deeptwater Horizon, no Golfo do México (.)

Barcos tentam conter petróleo derramado após explosão e naufrágio da plataforma Deeptwater Horizon, no Golfo do México (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Londres - O governo britânico está preparando um plano de contingência para uma eventual quebra da petroleira BP em consequência dos custos gigantescos relacionados com o vazamento no Golfo do México, informa o jornal The Times.

Estas conversações entre autoridades dos ministérios das Finanças e da empresa refletem a preocupação crescente do governo sobre as possíveis consequências de uma quebra da BP, destaca o jornal, que não identifica as fontes.

"Não está claro o quão ruim as coisas vão ficar, mas o governo precisa estar preparado para qualquer eventualidade", disse uma pessoa ligada às negociações e citada pelo jornal.

O Times afirma que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o secretário de Energia, Chris Huhne, devem conversar sobre o futuro da BP com representantes do governo americano durante uma viagem programada para Washington no dia 20 de julho.

Outra pessoa ligada ao caso declarou ao jornal que já foi especulado se - no caso de circunstâncias extremas - o governo deveria intervir para salvar a BP, que era o maior grupo britânico antes de perder metade do valor desde o início do vazamento, provocado por uma de suas plataformas no fim de abril.

Isto provocaria um plano de resgate similar ao adotado para os bancos no pior momento da crise financiera mundial.

O Financial Times informou nesta quarta-feira que apesar da BP estar interessada no apoio de novos investidores, e em particular dos fundos soberanos dos Estados do Golfo Pérsico, a BP não tem a intenção de emitir novas ações.

A BP revelou na segunda-feira que já gastou mais de 3,12 bilhões de dólares, uma quantia quase US$ 500 milhões superior que a da semana anterior.

Privatizado em 1987, o grupo emprega 10.000 pessoas no Reino Unido e controla importantes ativos energéticos, como o sistema de oleodutos que une meia centena de campos de petróleo e de gás no Mar do Norte.

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